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History & Facts

Sometimes History is like a puzzle...

Frequently it's only possible for us to understand History by putting together facts in the same way that we put together the pieces of a puzzle...

Caravelas e Naus

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HISTÓRIA / HISTORY

Caravelas e Naus um Choque Tecnológico nos séculos XV e XVI


panavideocaravelasenaus

"Realizámos um documentário que desvenda um mistério com 500 anos, dando a conhecer a razão pela qual as caravelas criadas pelos Portugueses são hoje comparadas a modernos space shuttle.

O impacto desta inovação transformou Portugal na principal potência marítima e económica do século XVI.

Mas quando se lê um livro de História espanhol, inglês, francês ou holandês, as referências ao papel desempenhado pelos portugueses na época dos descobrimentos são insignificantes. Por essa razão quisemos saber a opinião dos melhores historiadores mundiais e os resultados foram surpreendentes.

“Caravelas e Naus – Um Choque Tecnológico nos séculos XV e XVI” ficou em 1º lugar entre 62 documentários num concurso do Discovery Channel, tendo sido emitido em vários continentes." ... Ver vídeo

Panavideo Produções
Publicado em 06/09/2013




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HISTÓRIA

Dr Manuel Luciano da Silva

Manuel Luciano Silva

O Dr Manuel Luciano da Silva faleceu em Out/2012, já faz quase 1 ano. Quando vinha a Portugal gostava de passear pela beira-mar de Espinho e gostava de saborear um bom marisco no restaurante Marisqueira. Viveu intensamente a sua vida e deixou no seu legado para a humanidade, muito particularmente para os portugueses, obra grande nomeadamente no que diz respeito às façanhas da época dos Descobrimentos.

Entre algumas proezas por certo uma das mais importantes é a que se relaciona com a Carta Náutica de 1424 e a descoberta de quais são as verdadeiras Antilhas...


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HISTÓRIA

atlantis-mar

Atlântida, uma lenda?

... Uma coisa para mim é clara, a ter realmente existido uma Atlântida eu a procuraria para além das Colunas de Hércules, evidentemente desde o ponto de vista de Platão e onde se pode realmente encontrar na actualidade a única referência, mais concretamente, o Atlântico pois claro...

E talvez nem seja preciso ir muito para além das Colunas...


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HISTÓRIA

A História, os historiadores e as lacunas absurdas...furioso 

carta-nautica-1424

Eu hoje em dia sou uma pessoa completamente desconfiada, fico até incrédulo no que diz respeito a determinados assuntos da história e quando vejo alguém botar as suas certezas sobre algumas questões, ainda mais céptico fico em relação a essas pessoas...

Quando falo de qualquer coisa da qual não posso ter certezas gosto sobretudo de pensar na lógica das probabilidades... E como muitos de nós sabemos, como por vezes à partida as probabilidades são enormes e no final estamos mesmo errados...


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HISTÓRIA

Cristóvão Colombo = 100% português

Passou ontem no canal 2 um documentário sobre a hipótese de Cristóvão Colombo ser de origem catalã da zona de Barcelona. Esta teoria assenta na probabilidade de Colombo (Colon) ser de ascendência nobre dado o nível dos seus conhecimentos, escrita, etc. o que vai contra a história de ser genovês de berço relativamente humilde...

Achei interessante e fui consultar na internet sobre esta hipótese e eis que deparo com “O ESCÂNDALO”.

Cristofõn Colon = Salvador Fernandes Zarco
= 100% português.

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HISTÓRIA

A História, os historiadores e as lacunas absurdas... furioso 

carta-nautica-1424

Eu hoje em dia sou uma pessoa completamente desconfiada, fico até incrédulo no que diz respeito a determinados assuntos da história e quando vejo alguém botar as suas certezas sobre algumas questões, ainda mais céptico fico em relação a essas pessoas...

Quando falo de qualquer coisa da qual não posso ter certezas gosto sobretudo de pensar na lógica das probabilidades... E como muitos de nós sabemos, como por vezes à partida as probabilidades são enormes e no final estamos mesmo errados...


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Columbus

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HISTÓRIA / HISTORY

Colon / Colom / Colombo / Columbus



Colon Index


  1. Dr Manuel Luciano da Silva ( João Couto, 2013-09-08 )
  2. A História, Os Historiadores e As Lacunas Absurdas... ( João Couto, 2013-09-08 )
  3. Cristóvão Colon - O Português que Descobriu a América ( Pedro Laranjeira, 2009-11-01 )
  4. A Questão Cristóvam Colom e a sua Actualidade para Portugal ( João José Brandão Ferreira, 2006/Fev )
  5. Cristofõm Colon = 100% português ( João Couto, 2006-05-17 )



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HISTÓRIA

Dr Manuel Luciano da Silva

Manuel-Luciano-Silva00

João Couto
2013-09-08

O Dr Manuel Luciano da Silva faleceu em Out/2012, já faz quase 1 ano. Quando vinha a Portugal gostava de passear pela beira-mar de Espinho e gostava de saborear um bom marisco no restaurante Marisqueira. Viveu intensamente a sua vida e deixou no seu legado para a humanidade, muito particularmente para os portugueses, obra grande nomeadamente no que diz respeito às façanhas da época dos Descobrimentos.

Entre algumas proezas por certo uma das mais importantes é a que se relaciona com a Carta Náutica de 1424 e a descoberta de quais são as verdadeiras Antilhas...

Deixo agora aqui abaixo algumas transcrições extraídas dos e-mails que troquei com o Dr. Manuel Luciano da Silva em Julho de 2006...



Colombo 100% português.

Original Message,
From: João Couto
To: drmdasilva@dightonrock.com
Sent: Thursday, July 06, 2006 8:20 AM
Subject: Colombo 100% português

...

Mas vamos ao que me trás aqui. Já tinha ouvido em tempos na televisão num documentário sobre o Tratado de Tordesilhas em que se falava da hipótese de Cristóvão Colombo ter sido um espião ao serviço da Coroa de Portugal mas o assunto foi abordado assim tão ao de leve que eu considerei de hipótese especulativa e até já tinha isso meio esquecido.

Entretanto no passado mês de Maio passou um outro documentário no canal 2 da nossa RTP sobre a hipótese de Cristóvão Colombo ser de origem catalã da zona de Barcelona. Esta teoria assenta na probabilidade de Colombo ser de ascendência nobre dado o nível dos seus conhecimentos, escrita, etc. o que vai contra a história de ser genovês de berço relativamente humilde... Colombo supostamente teria a esconder dos reis católicos o acto de ter estado envolvido em lutas contra os monarcas castelhanos e ainda supostamente o facto não menos considerável de ter sangue judeu (na época os judeus estavam a ser mortos e queimados massivamente).

Achei interessante e fui consultar na internet sobre esta hipótese e eis que deparo com “O ESCÂNDALO”...

Cristóvão Colombo = Cristofõm Colon = Salvador Fernandes Zarco = 100% português

E foi assim que tomei conhecimento dos seus espectaculares artigos e desde então tenho divulgado em fóruns e por email a amigos e familiares...

...



Manuel-Luciano-Silva01
Dr Manuel Luciano da Silva



Re: Colombo 100% português. Muito obrigado pela sua detalha missiva

Original Message,
From: Dr. Manuel Luciano da Silva
To: João Couto
Sent: Thursday, July 06, 2006 2:21 PM
Re: Colombo 100% português. Muito obrigado pela sua detalha missiva

Caro compatriota Sr. Joao Couto:
Muito obrigado pelo seu cuidadoso e-mail que me enviou.

...

Eu tenho lido tanto, durante décadas sobre todas as possibilidades da nacionalidade de Cristóvão Colon que deixei de ler coisas que fulano, beltrano ou sicrano escreveram sobre isto ou aquilo.

A mim só me interessa analisar documento ou dados epigráficos. O resto é cantiga e confesso ponho logo de parte.

A minha mulher e eu estivemos até para eliminar, não incluir, referência nenhumas ás outras teorias no nosso livro, porque entendemos que todas elas já se gastaram carradas de papel sem elas terem nenhum merecimento.

O programa que refere mostrado na TV com o prof. Merryl, que eu conheço pessoalmente, é uma grande fantochada. Os espanhóis não tem nenhum documento, não tem NADA para atestar que o navegador será espanhol

Os outros assuntos e ligações intermédias que me fornece vou examiná-las com cuidado.

Depois da publicação do nosso livro a nossa correspondência electrónica aumentou muito e eu queria dar resposta a todas as pessoas que gastaram tempo em nos comunicar e felicitar pelo conteúdo do nosso novo livro.

Apesar dos futebóis o povo português está a receber muito bem o nosso trabalho.

Fizemos o nosso primeiro lançamento no dia 20 de Maio, no Clube Literário do Porto e ainda não se passaram dois meses e já temos o nosso novo livro na terceira edição!

Primeira edição = dois mil, esgotada
Segunda Edição = dois mil, quase esgotada
Terceira edição = dois mil e quinhentos encadernados.

Tem estado na lista dos “best sellers” em Portugal. Deve ser a primeira vez na história que dois emigrantes portugueses a viver na América do Norte tivessem escrito um livro com esta aceitação em Portugal, Açores e Madeira. Ainda bem, porque os lucros de dez por cento, a que temos direito como autores, serão totalmente para a Biblioteca-Museu em Cavião para assim podermos aumentar o seu espólio.

Infelizmente continua a haver dois grupos de portugueses nos mundo.
Um composto por aqueles que nunca saíram de Portugal e o outro pelos emigrantes que continuam a comer pão que o diabo amassou por esse mundo fora. É realmente uma pena que um grupo se considere superior ao outro ou tenham até inveja mutuamente um do outro, em vez de se completarem e formarem realmente uma grande família universal portuguesa. Os emigrantes estão a enviar, POR DIA, para Portugal mais de SEIS MILHÕES DE EUROS POR DIA, VÁRIAS VEZES MAIS QUE PORTUGAL RECEBE DA UNIAO EURPOEIA!!!

Estamos-lhe muito gratos, minha mulher e eu, pelas palavras elogiosas a respeito do nosso novo livro e também por o continuar a recomendar aos seus amigos. Bem Haja!

De facto a nossa website tem sido orientada mais para os leitores em inglês, pois já vivo neste país há mais de sessenta anos. Agora tenho que lhe dar um jeito para captar a atenção dos que lêem português. Obrigado pela sua sugestão.

Termino com votos de boa saúde e muitas felicidades para si e todos os seus familiares.

Respeitosamente,
Luciano da Silva



Manuel-Luciano-Silva02
Dr Manuel Luciano da Silva



Re: Colombo nos fóruns catalãos

Original Message,
From: Dr. Manuel Luciano da Silva
To: João Couto
Sent: Tuesday, July 18, 2006 5:16 PM
Subject: Re: Colombo nos fóruns catalãos

Caro Compatriota Sr. João Couto:

Muito obrigado pela sua mensagem.
Eu conheço pessoalmente aqui nos Estados Unidos da América o prof. Merryl. Ele e os amigos espanhóis não vão arranjar NADA para demonstrarem que o navegador tinha uma gota de sangue espanhol.

Na sua mensagem o Sr. diz-me está em Espinho Portugal.
Aconselho o Sr. a comprar um exemplar do nosso novo livro “Cristóvão Colon era Português” —que está à venda em mais de 300 livrarias em Portugal -- e depois vá lanchar à Marisqueira Aquárium, aí em Espinho e comece logo a ler o nosso livro enquanto espera pela refeição. Saboreie uma boa cerveja para matar o calor que agora está a assolar Portugal e veja o que é que nós dizemos no nosso novo livro a respeito das teorias italiana, grega e espanhola.

Um grande abraço e outra vez muito obrigado por me escrever,

Luciano da Silva



manuelluciano-silviajorge
Dr Manuel Luciano da Silva e esposa professora Silvia Jorge





English translation
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HISTORY

Dr Manuel Luciano da Silva

Manuel-Luciano-Silva00

João Couto
2013-09-08

Dr Manuel Luciano da Silva passed away in Oct/2012, almost 1 year ago. When he came to Portugal he liked to walk along the seaside of Espinho and liked to taste good seafood at the Marisqueira restaurant. He lived his life intensely and left in his legacy to humanity, particularly to the Portuguese, a great work, namely with regard to the exploits of the Discoveries period.

Among some feats, certainly one of the most important is the one related to the Nautical Chart of 1424 and the discovery of which are the real Antilles...

I now leave here below some transcripts extracted from the emails I exchanged with Dr. Manuel Luciano in July 2006...



Columbus 100% Portuguese.

Original Message,
From: João Couto
To: drmdasilva@dightonrock.com
Sent: Thursday, July 06, 2006 8:20 AM
Subject: Columbus 100% Portuguese.

...

But let's get to what brings me here. I had already heard on television in a documentary about the Treaty of Tordesillas in which the hypothesis that Christopher Columbus was a spy in the service of the Crown of Portugal was discussed, but the matter was approached so lightly that I considered it a speculative hypothesis and I already had it half forgotten.

However, last May, another documentary aired on channel 2 of our RTP on the hypothesis that Christopher Columbus was of Catalan origin from the Barcelona area. This theory is based on the probability that Columbus was of noble descent given the level of his knowledge, writing, etc. which goes against the history of being a Genoese from a relatively humble birth... Columbus supposedly had to hide from the Catholic kings the fact that he had been involved in struggles against the Castilian monarchs and also supposedly the no less considerable fact of having Jewish blood (at that time, Jews were being killed and burned massively).

I found it interesting and I went to look about this hypothesis on the internet and behold I come across "THE SCANDAL"...

Christopher Columbus = Cristofõm Colon = Salvador Fernandes Zarco = 100% Portuguese

And that's how I found out about your amazing articles and since then I've been posting them on forums and by email to friends and family...

...



Manuel-Luciano-Silva01
Dr Manuel Luciano da Silva



Re: Columbus 100% Portuguese. Thank you very much for your missive detail

Original Message,
From: Dr. Manuel Luciano da Silva
To: João Couto
Sent: Thursday, July 06, 2006 2:21 PM
Re: Columbus 100% Portuguese. Thank you very much for your missive detail

Dear compatriot Mr. Joao Couto:
Thank you very much for your careful e-mail that you sent me.

...

I have been reading so much for decades about all the possibilities of Christopher Colon's nationality that I stopped reading things that so-and-so or so-and-so wrote about this or that.

I am only interested in analyzing document or epigraphic data. The rest is a song and I confess I put it aside.

My wife and I were almost to eliminate, not include, any reference to the other theories in our book, because we understand that all of them have already spent loads of paper without them having any merit.

The program you refer shown on TV with prof. Merryl, who I know personally, is a great puppet. Spaniards do not have any documents, they have NOTHING to attest that the navigator will be Spanish

The other subjects and intermediate links that you sent I will examine carefully.

After the publication of our book, our electronic correspondence has increased a lot and I wanted to respond to all the people who took the time to communicate with us and congratulate us on the content of our new book.

Despite the football, the Portuguese people are receiving our work very well.

We made our first launch on the 20th of May, at Clube Literário do Porto and it's not been two months yet and we already have our new book in the third edition!

First edition = two thousand, out of print
Second Edition = two thousand, almost sold out
Third edition = two thousand five hundred bound.

It has been on the list of “best sellers” in Portugal. It must be the first time in history that two Portuguese emigrants living in North America had written a book with this acceptance in Portugal, Azores and Madeira. Good thing, because the ten percent profits to which we are entitled as authors will go entirely to the Library-Museum in Cavião so that we can increase its estate.

Unfortunately, there are still two groups of Portuguese in the world.
One is made up of those who never left Portugal and the other is made up of emigrants who continue to eat bread that the devil kneaded all over the world. It is really a shame that one group considers itself superior to the other or that they are even mutually envious of each other, instead of completing each other and truly forming a great universal Portuguese family. Emigrants are sending more than SIX MILLION EUROS PER DAY to Portugal, SEVERAL TIMES MORE THAN PORTUGAL RECEIVES FROM THE EUROPEAN UNION!!!

We are very grateful to you, my wife and I, for your kind words about our new book and also for continuing to recommend it to your friends. Good luck!

In fact, our website has been geared more towards English readers, as I have lived in this country for over sixty years. Now I have to find a way to capture the attention of those who read Portuguese. Thanks for your suggestion.

I end with best wishes for good health and best wishes for you and all your family members.

Respectfully,
Luciano da Silva



Manuel-Luciano-Silva02
Dr Manuel Luciano da Silva



Re: Columbus on the Catalan forums

Original Message,
From: Dr. Manuel Luciano da Silva
To: João Couto
Sent: Tuesday, July 18, 2006 5:16 PM
Subject: Re: Columbus on the Catalan forums

Dear compatriot Mr. Joao Couto:

Thank you very much for your message.
I personally know here in the United States of America prof. Merryl. He and his Spanish friends will come up with NOTHING to prove that the navigator had a drop of Spanish blood.

In your message you tell me that you are in Espinho Portugal.
I advise you to buy a copy of our new book “Cristóvão Colon era Português” —which is on sale in more than 300 bookstores in Portugal — and then go to Marisqueira Aquárium, there in Espinho and start reading our book right away while you wait for the snack. Enjoy a good beer to beat the heat that is now plaguing Portugal and see what we say in our new book about Italian, Greek and Spanish theories.

A big hug and thanks again for writing to me,

Luciano da Silva



manuelluciano-silviajorge
Dr Manuel Luciano da Silva e esposa professora Silvia Jorge




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HISTÓRIA

A História, os historiadores e as lacunas absurdas... furioso 


carta-nautica-1424gr
Carta Náutica de 1424 ... imagem 763 x 701 ... cópia do original 4360 x 2752

Eu hoje em dia sou uma pessoa completamente desconfiada, fico até incrédulo no que diz respeito a determinados assuntos da história e quando vejo alguém botar as suas certezas sobre algumas questões, ainda mais céptico fico em relação a essas pessoas...

Quando falo de qualquer coisa da qual não posso ter certezas gosto sobretudo de pensar na lógica das probabilidades... E como muitos de nós sabemos, como por vezes à partida as probabilidades são enormes e no final estamos mesmo errados...

Quando penso nisto, vem-me logo à memória o historiador José Hermano Saraiva... Por certo sabia muito de história e a sua quota parte no progresso da cultura do povo português é sem dúvida muito positiva mas, na minha opinião, ele tinha algumas certezas que me deixavam muito desconfiado....

O professor, como muita gente lhe chamava, aprendeu na escola como todos nós que quem descobriu a América foi Cristóvão Colombo e que este era italiano... (???)

Ai ai professor, então ele era italiano de Génova, vem para Portugal com cerca de 20 anos e não deixa qualquer vestígio ou indício de alguma vez ter falado ou escrito na sua língua materna... (???) Oh professor, há coisas que pelo menos nos deveriam pôr a pensar em vez de ter tantas certezas ... E já agora que estamos a tentar raciocinar diga-me como é que foi Cristóvão Colombo que descobriu a América em 1492 se existe uma Carta Náutica datada de 1424 descrevendo já com nomes portugueses a Terra Nova, só mais tarde rebaptizada de América...

Eu quando me ponho a olhar para um mapa do Oceano Atlântico e vejo aquelas ilhas dos Açores bem lá no meio do nada, acho muito lógico e provável que quem lá chegou não foi por acaso e que o seu interesse era muito mais grandioso do que encontrar umas simples ilhas... Eu acredito que muito provavelmente por essa altura já os portugueses procuravam dar a volta ao globo para chegar às Índias e daí, entre outros factos, a existência da Carta Náutica de 1424...

E já que estamos a falar de descobertas, é na minha opinião também absurdo afirmar que o 1º europeu que pisou solo australiano foi um tipo holandês cerca do ano de 1606 ou, segundo outras fontes, um inglês em 1770... No entanto foi assim que os australianos aprenderam a sua história na escola desde tenra idade... É que, de facto, basta um simples olhar para o globo terreste e ver que os portuguesitos que chegaram ali mesmo ao lado a Timor cerca do ano de 1510, portanto cerca de 260 anos antes de Cook, muito dificilmente não reparariam naquela enorme ilha continente... Pois, mas é assim que na verdade se faz muita da história que nos ensinam... E ainda hoje (2013-09-08) se pode ler na página da Wikipedia em inglês, o seguinte:

Occasional claims have been made in support of earlier encounters, particularly for various Portuguese explorations. Evidence put forward in favour of this theory, particularly by Kenneth McIntyre, is primarily based on interpretation of features of the Dieppe maps. However, this interpretation is not accepted by most historians.

Font: en.wikipedia.org/wiki/European_exploration_of_Australia


E já agora, muito provavelmente, o maior embuste de todos os que eu conheço, porque por certo haverá muitos mais e mais ridículos, é o afirmar-se de que as línguas ibéricas, o francês e outras línguas chamadas de românicas são simples derivadas do Latim... Então como se pode afirmar tal com tanta veemência quando por exemplo no caso ibérico os romanos aqui chegaram apenas em cerca de 300 anos a.c. e quando temos cá nós na península provas do contrário... Veja-se um trecho do que escreve sobre isto o epigrafista Carlos Castelo aqui abaixo:

É sabido que os romanos tiveram sua presença na « Península Ibérica », somente a partir do terceiro século antes de Cristo. Assim sendo tal facto, os « Herouns » estelas funerárias do Sudoeste Ibérico, da actual área do sul de Portugal, são pré-romanas, e acontece que elas contêm nas suas inscrições lapidares termos linguisticos similares ao latim, mas, são de língua nativa peninsular, pois que estas inscrições, reconhecidas cientificamente, datam da época proto-histórica, antes da fundação de Roma.

O sábio Ampére, na sua “Histoire Romaine à Rome“ também sustentou que o ibérico, fora a língua pré - ariana do Latim.

Fundar com a Cidade de Roma a 753 A.C. a língua e escrita dos povos Ocidentais, não passa de uma ingenuidade e ilusão irrisória, esmagada pelos factos arqueológicos epigráficos dos monumentos funerários ibéricos.

Os que não compreendem a origem e os elementos formativos da Língua portuguesa, remetem para o latim, quem os pretende saber; e assim as « Catacumbas de Roma » são um meio fácil dissimular a ignorância.

Font: //sites.google.com/site/cemallagos/carlos-alberto-castelo/o-reino-do-povo-konii



Outros links:

Os dois mapas mais importantes da América
www.dightonrock.com/osdoismapasmaisimportantes.htm

Os 10 Mandamentos do Colon (Colombo) Português
//history/os-dez-mandamentos-do-colon.pdf

O DESCOBRIMENTO DA AUSTRALIA PELOS PORTUGUEZES
www.gutenberg.org/files/29428/29428-h/29428-h.htm

Exploração da Costa Oriental da América e a questão da Austrália
www.filorbis.pt/colombo/indexPTColomboEsp04bAustralia.html

Mapas 'revelam' que português descobriu Austrália em 1522
//www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070321_portugalaustralia_ir



Estes exemplos, de quem descobriu a América, da nacionalidade de Cristóvão Colombo, de quem descobriu a Austrália e da origem das linguas denominadas de romanicas, dão com certeza muito que pensar, no mínimo, digo eu... furioso 

João Couto
2013-09-08





English translation
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HISTORY

The History, The Historians and The Absurd Gaps... furioso 


carta-nautica-1424gr
Nautical Chart of 1424 ... image 763 x 701 ... copy of original 4360 x 2752

Nowadays I'm a person completely suspicious, even incredulous with regard to certain matters of history and when I see someone putting their certainties on some issues, I'm even more skeptical about these people...

When I talk about something I can't be sure about, I especially like to think about the logic of probabilities... And as many of us know, as sometimes the probabilities are huge at the start and in the end we're really wrong...

When I think about this, the historian José Hermano Saraiva immediately comes to mind... He certainly knew a lot about history and his share in the progress of the Portuguese people's culture is undoubtedly very positive but, in my opinion, he had some certainties that made me very suspicious...

The teacher, as many people called him, learned at school like all of us that the person who discovered America was Christopher Columbus and that he was Italian... (???)

Ah, professor, so he was Italian from Genoa, he comes to Portugal at about 20 years old and doesn't leave any trace or evidence of ever having spoken or written in his native language... (???) Professor, there are things that at least they should make us think instead of being so certain... And now that we are trying to reason, tell me how was Christopher Columbus who discovered America in 1492 if there is a Nautical Chart dated 1424 describing already with Portuguese names the "Terra Nova" (New Land), only later renamed America...

When I start looking at a map of the Atlantic Ocean and I see those islands of the Azores right there in the middle of nowhere, I find it very logical and probable that whoever arrived there was not by chance and that their interest was much greater than finding a few simple islands... I believe that most likely at that time the Portuguese were already trying to go around the globe to reach the Indies and hence, among other facts, the existence of the Nautical Chart of 1424...

And since we're talking about discoveries, it's also absurd in my opinion to say that the first European to set foot on Australian soil was a Dutch guy around 1606 or, according to other sources, an English navigator in 1770... However, this is how Australians learned their history at school from an early age... In fact, just with a simple look at the earth globe and those guys can realize that the Portuguese who arrived there right next to Timor, about the year 1510, so about 260 years before Cook, very hardly they would not notice on that huge mainland island... Yeah, but that's how in fact, much of the history they teach us is made... And even today (2013-09-08) you can read on the English Wikipedia page, the following:

Occasional claims have been made in support of earlier encounters, particularly for various Portuguese explorations. Evidence put forward in favour of this theory, particularly by Kenneth McIntyre, is primarily based on interpretation of features of the Dieppe maps. However, this interpretation is not accepted by most historians.

Font: en.wikipedia.org/wiki/European_exploration_of_Australia


And by the way, very likely, the biggest hoax of all that I know of, because there will certainly be many more and more ridiculous ones, is the claim that the Iberian languages, French and other so-called Romance languages are simply derivatives of Latin... So how can this be said with such vehemence when, for example, in the Iberian case the Romans arrived here only around 300 years BC. and when we have evidence to the contrary here on the peninsula... Below is an excerpt from what the epigraphist Carlos Castelo writes about:

It is known that the Romans had their presence in the « Iberian Peninsula » only from the third century before Christ. Therefore such fact, the « Herouns » funerary stelae from Southwest Iberia, in the present area of southern Portugal, are pre-Roman, and it happens that they contain in its lapidary inscriptions linguistic terms similar to Latin, but they are of peninsular native language, since these inscriptions, scientifically recognized, date from the proto-historical epoch, before the foundation of Rome.

Ampere the wise, in his “Histoire Romaine à Rome” also sustained that the Iberian, was the pre-Aryan language of Latin.

Founding the language and script of the Western peoples with the City of Rome at 753 B.C., does not pass of a naivety and a derisory illusion, crushed by the epigraphic archaeological facts of Iberian funerary monuments.

Those who do not understand the origin and formative elements of the Portuguese language, refer to Latin, who wants to know them; and so the « Catacombs of Rome » are an easy way to dissimulate ignorance.

Font: //sites.google.com/site/cemallagos/carlos-alberto-castelo/o-reino-do-povo-konii



Other links:

Os dois mapas mais importantes da América
//www.dightonrock.com/osdoismapasmaisimportantes.htm

Os 10 Mandamentos do Colon (Colombo) Português

O DESCOBRIMENTO DA AUSTRALIA PELOS PORTUGUEZES
//www.gutenberg.org/files/29428/29428-h/29428-h.htm

The Portuguese Discovery Of Australia – OpEd
//www.reuters.com/article/us-australia-map-idUSSYD3449720070321

Map proves Portuguese discovered Australia
//www.eurasiareview.com/18032020-the-portuguese-discovery-of-australia-oped/



These examples, of who discovered America, the nationality of Christopher Columbus, the person who discovered Australia and the origin of the so-called Romanic languages, certainly give a lot to think about, at the very least, I say...

João Couto
2013-09-08




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HISTÓRIA

CRISTÓVÃO COLON - O PORTUGUÊS QUE DESCOBRIU A AMÉRICA


PL-pedro-laranjeira-05e
Pedro Laranjeira
2009-11-01
PL-01-colon
INTRODUÇÃO

HISTÓRIA UNIVERSAL

Desde 1927 que se escreve sobre segredos guardados ou verdades mal contadas da História que há quinhentos anos envolveu a saga dos Descobrimentos.

Fizeram-no Patrocínio Ribeiro, Pestana Junior, Francisco Pinto Cabral, Roiz do Quental, Arthur de Vasconcellos, Mascarenhas Barreto, Manuel da Silva Rosa, Eric J. Steele, Julieta Marques, Janina Zofia Klawe, Paulo Loução, José Ferreira Coelho, Jorge Preto, os irmãos Mattos e Silva, Carlos Calado, Carlos Neves e o casal Manuel Luciano da Silva e Sílvia Jorge da Silva, num trabalho que inspirou Manoel de Oliveira a dedicar-lhes um filme.

Tão fascinante é o assunto que José Rodrigues dos Santos construiu um inteligente romance à volta do português Salvador Fernandes Zarco que como Cristóvão Colombo descobriu o Novo Mundo em 1492… tão fascinante é o assunto que os direitos de "Codex 632" foram vendidos a Hollywood.

Oitenta anos de literatura não mudaram os manuais, mas agora a discussão acabou por se tornar actual.

Não sem polémica, é certo. Evidências sólidas desenterradas por Mascarenhas Barreto, Manuel Rosa, Julieta Marques, Luciano da Silva e outros, têm vindo a gerar discussão e disputa. Prometem perturbação nos livros consagrados da História já escrita, cujos defensores mostram ainda renitência em reavaliar.

Parece provado que o plebeu genovês Cristophoro Columbo existiu de facto, mas parece provado também que não é a mesma pessoa (embora com um nome parecido) que descobriu a América.

São duas pessoas diferentes: Al Gore chamaria a isto "uma verdade inconveniente"…

As evidências são tremendas e no entanto os defensores da "verdade oficial" insistem em ignorá-las. Mas nem às sociedades conservadoras fica bem resistir à adequação a novos conhecimentos.

Há quem diga que reclamar a portugalidade do descobridor é um acto exacerbado de patriotismo, mas a verdade é que não se trata de História de Portugal.

Trata-se de História Universal.

E essa, tanto quanto sei, é património da Humanidade.


MUTATIS MUTANDIS

Estamos perante uma das mais gigantescas fraudes históricas na memória do conhecimento, da Pré-História aos nossos tempos. Ardilosamente planeada no Século XV, permanece indiscutida há mais de meio milénio.

Comparada com ela, para dar apenas um exemplo, a apresentação de provas falsas para justificar a invasão do Iraque foi brincadeira de crianças… uma sanguinária petro-brincadeira, é certo, mas ainda assim uma brincadeira…

Os portugueses de antanho provaram que não só eram capazes de dar novos mundos ao mundo, como de gerar intrincadíssimos planos psico-estratégicos para enganar os menos esclarecidos, planos que têm resistido, quinhentos anos de evolução mais tarde, à globalização da sociedade de informação e continuam a enganar a opinião pública numa era em que todo o conhecimento está disponível. Do tempo em que a comunicação era feita por envio de carta em mensageiro a cavalo ao tempo em que basta um clique na internet para encontrar tudo sobre tudo, a conspiração entre D. João II e o nobre lusitano que ficou conhecido como "Cristóvão Colombo" tem resistido a todas as investigações e continua de pedra e cal, mesmo depois dos ossos do monarca estarem reduzidos a pó!

Algumas mentes com capacidade de pensamento livre têm conseguido ver para além do nevoeiro da trama. É o caso de Mascarenhas Barreto, Manuel da Silva Rosa, os irmãos Mattos e Silva, Carlos Calado, Sílvia Jorge da Silva, José Rodrigues dos Santos, Santos Ferreira, Manoel de Oliveira, Julieta Marques, Janina Zofia Klawe, Paulo Loução, José Ferreira Coelho, Jorge Preto, Veríssimo Serrão e Manuel Luciano da Silva, entre outros, que têm partilhado com a humanidade uma visão esclarecida… que nada mais parece conseguir que "bater no ceguinho": e ceguinhos somos nós, incapazes de ver o que se grita aos nossos olhos.

Tudo para quê? Para não termos que alterar os livros de História, mudar as placas nas estátuas, confessar que temos sido mais ingénuos que dois portugueses mortos há quinhentos anos?

…só se for para não dizermos em público que enganámos os espanhóis… mas eles já provaram ser hoje um povo capaz de se adequar mais rapidamente à modernidade, abordando com inteligência a evolução dos tempos e sabendo construir um futuro melhor...

...ou então para não criarmos uma espécie bizarra de incidente diplomático com os italianos, que, não parecendo muito interessados em recordar Mussolini e Al Capone, decerto oporão alguma resistência a abrir mão de Cristóvão Colombo…

Tal como hoje, também no passado éramos um pequeno país, menor que Espanha ou Itália, um cantinho da Europa, um alfinete no mapa… e no entanto fomos o povo mais poderoso do mundo!

Saibamos demarcar o "pequeno" que somos do seu correspondente em latim e não sejamos parvos - tentemos, ao menos, estar à altura dos antepassados que morreram antes de os nossos tetravós terem nascido…


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Comecemos por perceber que as várias teorias quanto à origem do navegador são apenas um dos muitos pormenores que fazem parte da enorme teia de mentiras construída nesse período.

Trata-se de uma gigantesca trama histórica organizada com fins políticos bem definidos e com pleno êxito, como a extensa literatura sobre os factos demonstra quanto à redacção que a História acabou por ter.

O descobridor da América é considerado a segunda pessoa mais conhecida do mundo e também a segunda sobre quem mais se escreveu até hoje, logo a seguir a Cristo.

Envolto em mistérios, que incluíam a sua própria identidade e origem, o navegador foi polémico em vida, bateu o pé a monarcas e afrontou a própria Igreja, no debate do seu mais valioso tesouro: o conhecimento.

O primeiro testemunho registado pela História quanto à sua origem data de 1486, no livro de contas de Pedro Diaz de Toledo, que se refere a Colombo como "El Portugues".

Nunca foi considerado espanhol - aliás, os textos espanhóis classificam-no sempre como "um estrangeiro em Espanha" - mas tem-se tentado fazer crer que seria italiano, nascido em Génova, teoria ora desacreditada, com base em factos históricos não muito difíceis de assertar.


O COLOMBO ITALIANO

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A confusão, baseada numa querela sobre heranças que originou um testamento toscamente falsificado, assenta na existência, essa provada, de um tecelão genovês de nome Cristophoro Columbo, que imigrou para o nosso país em 1476.

É interessante cruzar esse facto com uma carta enviada por Toscanelli ao navegador, para Portugal… em 1474.

Também, Bartolomé de la Casas conta que Cristóvão se queixou ao Rei Fernando de Aragão que tinha passado 14 anos a tentar obter o apoio da coroa portuguesa para o seu projecto - Colon abandonou Portugal em 1484, o que significa que em 1470 já cá estava e só seis anos depois o tecelão genovês deixou o seu país, isso são os próprios documentos notariais genoveses que o atestam.

Portanto, é simples perceber que o tecelão genovês e o navegador são duas pessoas diferentes.

No entanto, quer por mera desatenção e falta de rigor, quer por ter sido cronista-mor do reino e, como tal, estar obrigado a proteger os segredos com que D. João II prenunciava o Tratado de Tordesilhas, o historiador Rui de Pina (1440-1522) chamou-lhe “Colombo ytaliano” e todos os que se lhe seguiram limitaram-se a copiá-lo, sem verificar...


UM PLEBEU E UM NOBRE,
UM IGNORANTE E UM SÁBIO

Seria impensável considerar que um plebeu cardador de lãs de Génova pudesse ter a cultura fenomenal demonstrada pelo navegador, saber latim, grego, espanhol, português, hebraico, ser versado em filosofia, cartografia, cosmografia e navegação… ou vir a casar com uma nobre, como ele fez em 1479 ao desposar D. Filipa Moniz Perestrelo, filha de Bartolomeu Perestrelo, capitão donatário de Porto Santo, descendente de Egas Moniz e familiar de D. Nuno Álvares Pereira. Isso era impossível no século XV. Impossível. Os primeiros dois casos registados de casamentos entre classes aconteceram um século mais tarde, entre novos ricos e damas nobres: não existiu um único no século XV.

Para além disso, D. Filipa Moniz não poderia ter casado sem autorização do Rei – o que aconteceu, porque casou de facto: basta que um dia apareça a ordem régia, provavelmente na poeira de alguns arquivos religiosos guardados sem consulta posterior, para neles se encontrar... o nome verdadeiro do marido.

Dois factos contribuíram para que a confusão vingasse: razões de peso por parte do português para não tornar públicas as suas origens e o próprio nome, e as conspirações políticas de D. João II, incluindo os atentados de 1484 que fizeram a coroa não querer levantar ondas e serviram para esconder alianças estratégicas.


O NOME

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Sabendo-se hoje que "Cristóvão Colombo" foi um pseudónimo, a verdade é que "Colombo" nunca ele se chamou, mas sim "Colon", como é referido em todos os documentos da época.

Uma das teorias mais populares é que terá ido para Castela como espião do Rei D. João II, mas então porque não se lhe conhece um nome "de facto" desde que nasceu?

Outro mistério: porque não se interessou Portugal pela proposta descobridora de Cristóvão, numa ocasião em que todas as suas prioridades estavam voltadas para os Descobrimentos e acabou o navegador por oferecer os seus serviços à coroa espanhola?

Outro ainda: porque se lhe sabem todos os passos desde que chegou a Espanha com o plano da viagem e até que a concretizou em 1492 - todos os documentos, todas as relações, até à sua morte em 20 de maio de 1506… mas nada anterior a isso?

Sabe-se que esteve em Portugal, mas não há registos … Porquê?


O MISTÉRIO

A resposta só pode ser uma, de extrema simplicidade: porque se está à procura do nome errado! Em determinada altura da sua vida, ele teve que mudar de nome e criar um pseudónimo - portanto, quaisquer referências anteriores a isso seriam com outro nome.

Por outro lado, não menos importante: um homem claramente de sangue nobre (ou não teria acesso aos mais altos círculos da nobreza de dois países, como teve), não desaparece de repente sem o conhecimento e cooperação de, pelo menos, dois tipos de pessoas: as que detêm o poder e as de sua família.

Isso terá decerto ajudado a que, tanto umas como outras, tenham contribuído para que quaisquer referências à identidade desaparecida, quer documentais quer orais, fossem escondidas, destruídas ou omitidas a partir daí.

Mas porquê toda esta trama? Decerto a nobreza mais influente do mundo não ia envolver-se na fantasia de alguém que decide mudar de nome… a menos que fosse parte interessada.

A explicação está na história dos descobrimentos.


A ÍNDIA DESEJADA

Os interesses comerciais da Europa viravam-se todos então para as riquezas da Índia - mas o Império Otomano tinha imposto um bloqueio aos países cristãos e só Génova e Veneza podiam ir buscar as especiarias e outros bens ao Oriente através dos territórios muçulmanos. Essa a razão porque Portugal queria descobrir o caminho marítimo para a Índia: para furar o bloqueio turco-egípcio.

No entanto, Cristóvão queria precisamente chegar à Índia, mas viajando para Ocidente… porque não se interessou D. João II por essa proposta?

Muito simples: porque já sabia que existiam terras a ocidente e que estas não eram a Índia das riquezas mas apenas um belo continente de povos seminus, muita vegetação e pouco ouro.

E como sabia?


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A GRANDE DESCOBERTA DE
MANUEL LUCIANO DA SILVA

Porque conhecia viagens anteriores às Américas, feitas em segredo. Vigorava então uma política de sigilo, para não despertar as cobiças da concorrência espanhola. 68 anos antes da descoberta de Colon, a Carta Náutica de 1424, de Zuanne Pizzigano, mostrava as "Antilhas", com nomes portugueses: Antília, Satanazes, Saya e Ymana - Manuel Luciano da Silva veio a descobrir em 1986 que estas "Antilhas" são de facto a Nova Escócia, Terra Nova, Península de Avalon e Ilha Prince Edward.

Para sul, acredita-se que a "descoberta" do Brasil por Pedro Álvares Cabral em 1500 tenha sido apenas a "descoberta oficial" de uma terra já antes visitada em segredo por portugueses. Existem testemunhos da presença portuguesa na América do Sul em 1493 (Estêvão Fróis em carta dirigida a D. Manuel) e mesmo cerca de 1480 (testemunho de colonos pioneiros ao francês Jean de Léry).


A CONSPIRAÇÃO

Eram tempos conturbados, em 1483 houve uma conspiração para matar o Rei, organizada pelas Casas de Bragança e Viseu com o apoio dos reis católicos e fidalgos portugueses, entre os quais o próprio Colon. D. João II resolveu a coisa, mandou executar os conspiradores, o Duque de Bragança foi degolado em Évora e o rei apunhalou pessoalmente o irmão da rainha. Quem conseguiu, fugiu para Espanha, incluindo o nosso Cristóvão, em 1484.

Mas D. João II teria, anda assim, um papel para ele... ou talvez que esta "fuga" tenha sido encenada por combinação entre Colon e o Rei, para melhor "distrair" a atenção dos monarcas espanhóis da proximidade do navegador à coroa portuguesa, quando se lhes apresentasse com um plano que se destinava a tirá-los do nosso encalço na rota das descobertas que nos interessavam... como sucedeu.


"VOLTA QUE ESTÁS PERDOADO…"

Desiludido com as recusas dos reis espanhóis em aceitar o seu plano, o navegador escreveu ao monarca português a "pedir perdão" e este aproveitou de imediato e respondeu-lhe para Sevilha, perdoando-lhe, convidando-o a voltar e garantindo-lhe a segurança. Chamou-lhe "xpovam collon, nosso espicial amigo en sevilla" e esclareceu: "porque por ventura terees algum reçeo das nossas justiças por razam de algumas cousas a que sejaaes obligado, nós por esta nossa carta vos seguramos polla vinda, estada, e tornada, que não sejaaes preso, reteudo, acusado, citado, nem demandado por nenhuma cousa ora que seja civil ou crime, de qualquer qualidade".

Em 1488, Cristóvão vem a Lisboa e encontra-se com o Rei, mas mantém-se que este não o apoiará numa expedição para ocidente. Pelo contrário, o apoio de D. João II é auxiliar o navegador, em segredo, a convencer os reis católicos a contratá-lo.


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UM PLANO BEM URDIDO

Portugal era então o centro cultural do mundo. Esse homem extraordinário que foi o Infante D. Henrique, o verdadeiro "pai" da globalização que hoje está tão na moda e que a iniciou, tinha montado em Sagres a melhor academia que jamais existira, rodeando-se de sábios de renome, incluindo muçulmanos e judeus, que contratava e a quem pagava ordenados.

Os reis espanhóis eram consideravelmente ignorantes, comparados com a cultura portuguesa. D. João II achou que eram fáceis de enganar… e conseguiu-o, com Colon como peão.

Dizer que ele foi um espião ao serviço do rei não explica bem as coisas, ele foi um agente, sim, um instrumento usado pela coroa portuguesa.

Queria concretizar um plano, e o rei proporcionou-lho, intervindo com a influência e ajuda necessárias para que os espanhóis embarcassem na aventura. Portanto, agarrou a oportunidade e colaborou em toda a linha.

Repare-se que foi nessa ocasião, coincidindo com a data em que Colombo estava em Portugal com D. João II, que Bartolomeu Dias regressou a Lisboa com a notícia de ter dobrado o Cabo da Boa Esperança, o que confirmou o que o rei já sabia: que era por aí que chegaria à Índia. Mas sucedeu uma coisa estranha: isto foi em 1488 e Portugal só enviou Vasco da Gama dez anos depois… porquê?

A resposta explica porque D. João II precisava de Colon.


TORDESILHAS

Uma vez conseguido o acesso às riquezas da Índia, Castela iria querer uma fatia e tentaria obtê-la a todo o custo, nem que fosse através da guerra. O Tratado de Alcáçovas/Toledo definia a posse dos territórios, dava as Canárias a Castela e a Portugal a Madeira, os Açores e a costa africana "até aos índios", mas ficava-se por aí. Era preciso que os espanhóis, que tinham conspirado contra a coroa portuguesa, não quisessem também deitar a mão à Índia - para isso era preciso que se convencessem que a tinham conquistado, mesmo que fosse mentira - era aí que entrava Colon. Mas era preciso que não restassem dúvidas legais quanto à posse das terras, portanto era preciso um novo Tratado. Foi assim que nasceu o Tratado de Tordesilhas.

Mas para lá chegar, foi então necessário que Castela fizesse primeiro a sua grande descoberta, que aconteceu em 1492, com a chegada de Colon à terra que Castela julgava ser a Índia mas Portugal sabia que não era.


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ENGANÁMOS OS REIS ESPANHÓIS

Foi fácil preparar o Tratado. Foi uma enorme ingenuidade dos espanhóis não perceber porque a coroa portuguesa lhes estava a dar "a Índia" com tanta facilidade … como também não perceberam, quando os termos do tratado propunham que eram propriedade de Castela as terras além de um meridiano cem léguas a ocidente de Cabo Verde porque é que os portugueses mudaram essa latitude para 370 léguas… com isso, ao aceitá-lo, perderam o direito ao Brasil, que seria "descoberto" seis anos depois…

Não tinham maneira de saber… a ciência era nossa e os segredos bem mantidos.

Aliás, o novo texto do tratado, além do Brasil, dada a Portugal também os territórios a Norte em toda a extensão da zona da Terra Nova, de resto descoberta pelo navegador português João Vaz Corte Real 20 anos antes de Colon ter chegado ao Novo Mundo.

Foi em 1472, o que faz de João Vaz Corte Real o verdadeiro "descobridor da América".

Portanto, para voltar à aventura das Índias. Portugal esperou pacientemente que Colon chegasse à América em 1492 e o Tratado fosse assinado em 1494, dividindo o mundo em duas partes, uma para Castela, com o que eles pensavam ser a Índia e outra para Portugal, com a Índia de facto.


DONDE VEIO O DINHEIRO?...

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Não foi fácil, no entanto, mas D. João II empenhou-se em que Colon desse o rebuçado a Castela. Para começar, Isabel a Católica não tinha dinheiro que chegasse para a aventura, participou com um milhão de maravedis, mas não era suficiente. Acredita-se que Cristóvão terá contribuido com os 250.000 que faltavam!...

Bom, onde é que ele arranjou esse dinheiro? Constou que banqueiros o financiaram, mas então porque é que nunca nenhum apareceu depois a reclamar os lucros? Por outras palavras, só pode ter sido o rei português a fornecer os fundos em falta, para garantir o plano… mas não existem provas disso, é claro.

Existem, sim, provas do grande empenhamento do monarca na concretização da viagem, ao ponto de ter enviado a Cristóvão, no dia 1 de agosto, dois dias antes da partida da expedição, um precioso instrumento científico de navegação em hebraico, o "Roteiro Calendário", ou "Tábuas de Declinação do Sol".

Parece generosidade a mais... a menos que houvesse um motivo muito forte…


OS MAPAS DE PIRI REIS

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Piri Reis era um Almirante otomano que viveu entre 1465 e 1554, de seu nome Hadji Muhammad.

É autor de um Mapa-Mundi que fez em 1513, onde incluiu descobertas de Colon, que citava frequentemente. Esse mapa encontra-se actualmente no Palácio de Topkapi, em Instambul, Turquia e ficou conhecido como "O Mapa de Piri Reis".

Hadji Muhammad era descendente de Kamal Reis, outro Almirante turco, lutou e venceu no Mediterrâneo e na costa ocidental de África as marinhas espanhola, veneziana e genovesa, acabando por ser derrotado pelos portugueses, o que lhe valeu ser mandado decapitar pelo Sultão.

O que há, então, de curioso, sobre estes mapas?

Foram trabalhos começados muito antes do mapa final em 1513, entre os quais o primeiro mapa que incluía as duas costas americanas, do sul e do norte, com exatas referências ao Brasil, que bebeu de navegações portuguesas feitas em segredo antes de 1500.

Piri Reis conhecia a circunferência exata da terra e reproduziu-a com dados referentes à Antártida que datam de uma geografia existente 4000 anos antes de Cristo. Isto mostra que as suas fontes eram muito antigas, o que é comprovado por referências a dados do tempo de Alexandre o Grande (332 A.C.).

Uma experiência curiosa aconteceu quando se tentou sobrepor a área do Mediterrâneo no mapa de Piri Reis com a de um mapa moderno: estava lá tudo, mas fora de sítio.

Até que alguém se lembrou de sobrepor o mapa sobre a superfície de um globo: milagre, ficou tudo no sítio!

Ora bem, chegaram até nós afirmações de que Cristóvão Colon estava na posse dos mapas do almirante turco, que terá sempre tido consigo e levado nas suas viagens. Será verdade?... Tudo o indica, pelo conhecimento exato que tinha dos mares por onde navegou.

Assim, Churchill nunca teve razão ao alegar idiotamente que "Colombo não sabia para onde ia, nunca soube onde estava e tudo isto feito com o dinheiro dos contribuintes". Aliás, como o Tenente Coronel Brandão Ferreira tão humoristicamente costuma comentar, "Colombo sempre soube para onde ia, sempre soube onde estava e, se o fazia à custa do dinheiro do contribuinte, dado que o contribuinte era o espanhol... quanto mais melhor!"

Portanto, a viagem de descoberta do Novo Mundo não foi uma aventura às cegas, foi um projeto baseado no melhor conhecimento que a ciência de então possuia.


A ÍNDIA, FINALMENTE

D. João II morreu em 1495 e já só foi D. Manuel que enviou Vasco da Gama para Oriente, em 8 de julho de 1497. Finalmente, Portugal descobriu o caminho marítimo para a Índia, onde chegou a 17 de abril de 1498. Também, então o Brasil já podia ser "descoberto", o que Pedro Álvares Cabral fez em 22 de abril de 1500, aproveitando a segunda viagem marítima para a Índia.

Mas então donde vem este misterioso personagem, sem uma identidade clara e origens assumidas, que no entanto tem acesso à corte, à nobreza e aos mais altos círculos da nação?...


CONFUSÃO DE IDENTIDADES

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O "New York Times World Almanac and Book of Facts 2011" diz na página 682 que Cristoforo Colombo nasceu em 1451 perto de Génova, Itália. Não contesto isso, mas contesto o que diz a seguir: que fez quatro viagens à América… não consta que o tecelão genovês ignorante e plebeu tenha integrado as tripulações de Cristóvão Colon… se me faço entender.

No entanto, a primeira afirmação parece verdade, com base numa acta notarial genovesa de 1470 que refere um "Cristoforo Colombo, figlio di Domenico, maggiori di diciannove anni"... portanto, o rapaz existiu e nasceu, de facto, em 1451.

Mas não falemos desse imigrante que decerto terá tido acesso a qualquer tasca lisboeta (depois de 1476, que foi quando chegou cá), embora nunca aos paços reais, como é óbvio, muito menos à cama nobre onde fez um filho a D. Filipa Moniz Perestrelo.


DATA DE NASCIMENTO

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Segundo o próprio Colon, ele terá nascido em 1447. No Diário de Bordo do Santa Maria escreveu: "yo he andado veinte y três años en la mar, sin salir della tiempo que se haya de contar". Este assento data de 21 de dezembro de 1492, durante a primeira viagem: 23 no mar mais 8 em Castela, mais 14 até à idade de poder navegar, tinha 45, portanto nasceu em 1447. Nove anos depois (teria portanto 54) numa carta aos reis católicos escrita em 1501, comenta assim a sua condição de navegador: "ya pasan de quarenta años que yo voy en este uso" - com os 14 de infância, aí estão os 54, em 1501 - logo, nascido em 1447. Duas referências pelo próprio.

Recuemos então meio século e olhemos para o Alentejo.

Era nesse tempo Duque de Beja o Infante D. Fernando, filho de D. Duarte, sobrinho do Infante D. Henrique, de quem foi nomeado herdeiro e de quem recebeu o título de Duque de Viseu.

Dos nove filhos que sua prima Beatriz lhe deu, Leonor viria a ser Rainha, por casamento com D. João II e Manuel viria a ser Rei, aquele que enviou Vasco da Gama para a Índia.

D. Fernando era, portanto, um nobre de cinco estrelas.


FEITO NO ALENTEJO

O rapaz prendeu-se de amores (ou de calores, não se sabe), para aí um ano antes da prima, com uma rapariguinha de boas famílias, filha de João Gonçalves Zarco, cavaleiro do reino e descobridor de Porto Santo e da Madeira… e zás, a moça engravida. Chamava-se Isabel Gonçalves Zarco.

O Dr. Manuel Luciano da Silva diz no seu livro que o produto dessa relação "foi baptizado" com o nome de Salvador Fernandes Zarco - suponho que tenha simplesmente usado uma conjugação do verbo "baptizar" com o significado de "dar um nome", uma vez que nesses tempos era muito complicado fazer o correspondente acto religioso a um filho ilegítimo, tanto mais que o avô era sefardita, ou seja, tinha sangue judeu (sefardita significa judeu ibérico, derivado da palavra hebraica para Península Ibérica: PL-11-hebraico : sefarad).


RAZÕES PARA O SEGREDO

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Portanto, aqui estão duas razões para ser discreto em relação ao nome e às origens: era bastardo e era judeu. Há quem pense que "Cristóvão" foi uma maneira de disfarçar essa ligação à família judaica, numa época em que a Inquisição ganhava força - acabou por chegar a Espanha em 1478 e mais tarde a Portugal. Ambos os países expulsaram os judeus: Portugal a 31 de outubro de 1497, Espanha a...

... 3 de agosto de 1492.

Que tem esta data de especial?... 3 de agosto de 1492 foi o dia de partida de Colon para o Novo Mundo, do porto de Palos, no sul de Espanha. Na véspera, o navegador mandou toda a sua tripulação estar a bordo até às 23 horas, o que era inédito em termos de marinhagem. Dá para entender?...

Portanto, faz sentido que um sefardita tente disfarçar-se de cristão: Cristóvão é aquele que carrega Cristo (segundo a lenda, S. Cristóvão atravessou o rio com menino Jesus às costas).


CUBA DO ALENTEJO

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Nestas circunstâncias, o Infante D. Fernando fez o que os nobres faziam: despachou a moça para "longe" de Beja para ter o rebento. Foi assim que ela foi parar 20 quilómetros mais a norte, a uma terra chamada Cuba, onde o rapaz nasceu…

E porquê Cuba? Nunca se saberá ao certo, mas há duas razões lógicas: para além da distância do burgo de D. Fernando, há indícios de que por aquelas paragens haveria familiares da jovem Isabel Zarco. Numa pequena aldeia a menos de 15 quilómetros de Cuba, chamada Albergaria dos Fusos, foi recentemente encontrada uma pedra tumular com o nome "Zarco" claramente inscrito.

Esta lápide está na Igreja de Nossa Senhora do Outeiro, cuja origem remonta ao Século XV e que pertenceu ao Convento de Santa Clara de Beja, terra de D. Fernando. Este Convento, por seu turno, deu origem ao Convento de Santa Clara no Funchal, Ilha da Madeira, fundado por João Gonçalves Zarco, pai da mãe do navegador, portanto seu avô.

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Não serão demasiadas coincidências?...

Quando, em 27 de outubro de 1492, Colon descobriu a ilha a que chamou Cuba, disse que era "o lugar mais bonito do mundo" - será que foi só pela sua beleza ou cedeu à tradição portuguesa de chamar ao sítio onde nascemos "o mais bonito do mundo"?...

Quanto à legitimidade de berço, muitos bastardos chegaram a altas posições na monarquia portuguesa, uma vez que o seu sangue nobre não podia ser ignorado e era comum "dar a facada no matrimónio" - o preservativo, embora usado desde tempos imemoriais pelos chineses, egípcios e gregos, era muito desconfortável e ninguém se dava ao trabalho de usar tripas de animais ou bexigas de peixe a estragar a “escapadinha”. Nem mesmo se sabe se há verdade nas lendas do Dr. Condom, no século XVII, para evitar que Carlos II de Inglaterra fizesse tantos filhos ilegítimos e só a partir de 1939 a “camisinha de Vénus” passou a ser uma realidade. Também não havia televisão, nem telemóveis para perguntar a toda a hora "estás a fazer o quê, aonde e com quem?"… portanto, eram fabricados bastardos com regularidade e tinham que ser assimilados, à altura da nobreza das suas origens.


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IDENTIDADE DUPLA

Não se sabe bem quando Salvador Fernandes Zarco passou a ser Cristóvão Colon, mas sabe-se que depois sempre assumiu ambos os nomes.

Assumiu portanto as origens, incluindo a judaica - quando começou a assinar documentos e inventou, para isso, uma inteligente e bem elaborada sigla, para além de outros indícios que chegaram até nós.

Um deles é o monograma que colocou à esquerda da sigla em muitos documentos, como aqui ->

Sílvia Jorge da Silva descobriu, em 1989, que o monograma é feito a partir da junção das letras "S", "F" e "Z", como em Salvador Fernandes Zarco, assim:

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Quanto à sigla, ela é claramente cabalística e implica o conhecimento de três línguas: latim, grego e hebraico.
É a famosa assinatura de Colon:

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Como era usual em nominativos, este começa por um louvor a Cristo, em latim: Santus. Sanctus, Altissimus, Sanctus - ainda hoje a Igreja usa esta repetição de "Sanctus". Na segunda linha, o "X" de cruzamento conduz às iniciais de "Maria" e José": X M Y: Filho de Maria e José.

Esta é uma interpretação possível, mas José Rodrigues dos Santos adianta outra, em "O Codex 632", que pode ser uma leitura derivada de estudos da Cabala pelos Templários, em que as duas linhas superiores representam a trindade, com o "Altissimus" a indicar que a leitura ascende da matéria para o espírito, da terceira linha para as superiores, correspondendo-se as letras.

Seria então Sanctus. Sanctus, Altissimus, Sanctus. Xristus Messias Yesus.

Esta é a leitura que um templário cristão faria. Mas estamos perante o aparente disfarce de um judeu sefardita… imaginemos então, em hebraico: "S" seria o shin de Shaday, um nome de Deus, "A" o álefe de Adonai, outro nome de Deus, portanto, Shaday. Shaday Adonai Shaday (Senhor, Senhor Deus Senhor).

A última linha, lida da direita para a esquerda, como deve ser em hebraico, daria "YMX": "Y" de Yehovah, "m" de maleh e "x" de xessed: Yeovah maleh xessed, uma prece judaica: "Deus cheio de piedade".

Duas leituras sobrepostas. Mas há mais. Se lermos a terceira linha em hebraico mas da esquerda para a direita, obtemos "xmi" ou "shmi", que quer dizer "o meu nome" e se depois voltarmos à regra hebraica e lermos da direita para a esquerda, como uma palavra, ficamos com "Ymx" ou "Ymach" - finalmente, as duas leituras seguidas, da direita para a esquerda e da esquerda para a direita: "ymach shmi".

Isto, em hebraico, significa "que o meu nome seja apagado"!…

Mas vamos a ele, ao nome, ou melhor, os nomes.


UMA LINHA, DOIS NOMES

Comecemos por Cristóvão Colon:

Os sinais gregos ":" e "./" correspondem aos actuais "dois pontos" e "virgula, ou ponto e vírgula" - são separadores e chamam-se, em grego "Colon".

O primeiro indica que a frase está contida entre "Colons", portanto que haverá um segundo, a fechá-la. "Xpo" significa Cristo, em grego.

Ferens é uma forma do verbo latino "fero", que significa "transportar através de um vão, como um rio", portanto Xpoferens ou Cristovão, que em português quinhentista seria Cristoforo ou Cristofõm. Portanto aqui está o "nome de guerra": Colon Cristofõm Colon.

"fõm" é um sufixo português que veio a derivar para o actual "vão".

Quanto à inclusão de "Cristo" no nome, coisa que nenhum judeu toleraria, a menos que fosse para disfarçar a origem judaica, o navegador tivera o cuidado, em hebraico, de introduzir a indicação de que "o nome deveria ser apagado".

Agora, já que nesta sigla tudo se lê em duplicado, onde está Salvador Fernandes Zarco?

Vejamos:

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Voltamos ao grego "Xpo" - Cristo é sempre referido como o "Salvador", portanto, nada mais transparente.

A seguir vem "ferens" - é uma forma frequentíssima, muito usada na idade média, de abreviar "Fernandes" ou "Fernandez".

Finalmente, repare-se no "S" final - tem uma forma estranha, mas que deixa de o ser se a invertermos: ficaremos perante a décima letra do alfabeto hebraico, "Lamed"… que significa "Membro, Falo, Zarco"

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"Colon", em grego, significa também "Membro, Falo, Zarco"…

... e esta?

A propósito, como é sabido, "Fernandes" significa "filho de Fernando".

Nas situações como a do filho de Fernando e Isabel, era usual o varão tomar o apelido da mãe.

Portanto, cá está o Salvador Fernandes Zarco.

Quanto a demonstrar a sua portugalidade, parece suficiente, mas muito mais poderia ser acrescentado: por exemplo, o Papa Alexandre VI, numa bula de 1493, toda em latim, escreve o nome dele em português:

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E como se vê não lhe chama Colombo, mas Colon. Noutra bula, no ano seguinte, redige "Cristofõm".

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Isto é português: "Cristo" sem "h" e "fõm" com til - não havia, nem há, nenhuma língua no mundo que acentue o "o" com um "til" - apenas o português.

Outros testemunhos:

Investigador espanhol Altolaguirre y Duval: "o dialectismo colombino é seguramente português";

Historiador Menéndez Pidal: "o seu vocalismo tende para o português";

Investigador judeu Simon Wiesenthal: "testemunhas dizem que falava castelhano com sotaque português".

No "Pleyto de la Prioridad", duas testemunhas, Hernán Camacho e Alonso Belas chamam ao Almirante "o infante de Portugal";

O espanhol Ricardo Beltrán y Rózpide, presidente da Real Sociedad de Geografia, escreveu "el descobridor de América no nació en Génova", acrescentando que tinha nascido algures entre os cabos Ortegal (Galiza) e San Vicente (Algarve).

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Do punho do próprio navegador, em carta a Diogo Colon:

"Muy caro filo" - com "f", como em português, não com "h", como seria em espanhol.

Todos os testemunhos dizem que falava espanhol com pronúncia portuguesa e escrevia textos cheios de portuguesismos.

Um testamento feito em 1498 desapareceu, terá sido destruído por falsários que, oitenta anos depois, num processo jurídico para determinar os herdeiros, chegaram a tentar substituí-lo, através do advogado Verástegui, por um documento "autenticado" em 22 de fevereiro de 1498 pelo Príncipe Juan, filho dos reis católicos… que tinha morrido em 4 de outubro do ano anterior - tão descuidada foi a falsificação. O tribunal entregou a herança a D. Nuno de Portugal, neto do filho português de Colon.

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Para quem escondia as suas origens sem as negar, ainda um outro monograma, que Colon colocou no início das últimas doze cartas ao filho Diogo (na imagem, por cima de "muy caro filo") - trata-se de um monograma judaico, formado pelas letras hei e beth. Lido da direita para a esquerda, "beth hei" corresponde à saudação judaica "Baruch haschem": "Louvado seja o Senhor" e pode também ser lido como uma bênção "Deus te abençoe".

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CIÊNCIA: O ADN

Provada que está a nacionalidade portuguesa de Cristóvão Colon, o Dr. Manuel Luciano da Silva, médico de profissão, propôs que se fizesse ainda uma espécie de "prova dos nove", de natureza científica: um teste de ADN.

O processo científico é relativamente simples. A raça humana possui 46 cromossomas dispostos em 23 pares, contidos em cada célula. O mais pequeno desses pares, o 23, determina o sexo da pessoa, na mulher é XX, no homem XY. Os cromossomas são compostos por moléculas de ácido desoxirribonucleico, ou ADN, que a ciência é capaz de analisar. O curioso é que o cromossoma Y do par 23 não se modifica JAMAIS, de geração em geração, ao longo de milhares de anos. Portanto, através da análise do ADN de um parente masculino de Cristóvão Colon, pode fazer-se uma comparação com análise semelhante dos portugueses que se acredita serem seus familiares - se o cromossoma Y for igual, bingo!


COLÓN NÃO ERA ITALIANO,
NEM FRANCÊS NEM ESPANHOL

Esse "Y" foi já extraído das ossadas do filho Fernando e do irmão Bartolomeu do navegador, sepultados na Catedral de Sevilha, pelo professor de medicina legal José Lorente, da Universidade de Granada, que anunciou o facto no canal Discovery, em maio de 2005, confirmando que os "Y" de ambos são, de facto, iguais.

Começaram então a aparecer pessoas que se diziam descendestes de Colon, vindas da Catalunha, Valência, Baleares, sul de França, Lombardia, Ligúria e Piemonte - um total de 477 pessoas.

O professor Lorente fez colheitas e análises de TODOS os candidatos.

Conclusão: 477 resultados negativos. Nenhum era parente do navegador.

Está cientificamente provado que Cristóvão Colon não era italiano, nem francês, nem espanhol !

Será de perguntar… que seria então?

Mesmo para além de todas as provas documentais que existem, a resposta salta aos olhos, não é verdade?

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Formou-se uma equipa em Portugal, dirigida pela professora Eugénia Guedes da Cunha, antropologista da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e pelo professor Francisco Corte Real, do Instituto de Medicina Legal.

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Essa equipa integra técnicos nacionais e antropologistas da Universidade de Granada, que pretendem analisar restos mortais de nobres portugueses.

Com a aprovação do Arcebispo de Coimbra, a Delegação do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) autorizou o projecto, mas um grupo de cientistas que integrava o antropólogo forense Miguel Botella, de Granada, foi impedida de o concretizar.

A Universidade de Coimbra apresentou ao governo um novo pedido, mas foi bloqueado pela direcção nacional do IPPAR e pela Ministra da Cultura , sem resultados até ao momento, segundo declarações do Dr. Manuel Luciano da Silva, que desabafou, ao telefone: "Nenhum governo pode bloquear o avanço da ciência e a pesquisa da História!"


FÉRIAS EM PORTUGAL

Esta é uma história interessantíssima, que merece reflexão.

Depois da tão almejada descoberta do Mundo Novo, na viagem de regresso, seria natural supor que o almirante estivesse ansioso por dar as boas novas aos reis espanhois. No entanto, ao invés de rumar directo a Castela, apanha uma tempestade que o leva para os Açores. Logo a seguir, nova tempestade e… quem diria, vai parar a Lisboa!

Chega ao Restelo a 4 de março de 1493 e pede para falar com o Rei, que só o recebeu cinco dias depois, porque estava em Vale do Paraíso, na Azambuja, fugido da peste.

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Entretanto, a 5 de março, foi visitado a bordo por Batolomeu Dias e a 6 e 7 recebeu nobres e cavaleiros de Lisboa. A 8 foi dormir a Sacavém a 9 foi ter com D. João II a Vale do Paraíso, onde passou três dias com o Rei.

Quando partiu, a 11 de março, não regressou à nau, foi até Vila Franca de Xira visitar a Rainha, que o chamara e com quem esteve até à noite. Depois disso, foi dormir a Alhandra. Voltou a embarcar no dia 13. Nova etapa… desta vez até Faro, onde esteve até à noite do dia 14, isto com uma tripulação espanhola ansiosa por regressar a casa e desconfiada destas andanças, os reis católicos à espera de saber que o Novo Mundo tinha sido descoberto e lhes pertencia… e ele a passear-se por Portugal!

Estranho, não é verdade?...


UM PLEBEU IGNORANTE
NO MUSEU DE MAFRA

Julieta Marques é uma investigadora que se tem revelado incansável na busca da verdade e na reposição das histórias mal contadas da História.

Às vezes, as maiores evidências estão debaixo dos nossos olhos e parecemos cegos. Ela não o foi e viu aquilo em que nenhum português reparou nos últimos 280 anos: o fresco que enche o tecto da Sala das Descobertas no Palácio Nacional de Mafra, mandado construir pelo Rei D. João V em 1717, mais de dois séculos após a morte de Cristóvão Colon.


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No fresco, o monarca perpetua, pela mão de Cirilo Wolkmar Machado, os grandes feitos de grandes portugueses. Aliás, a Sala é também conhecida por “Sala dos Heróis Portuguses”.

Ora bem, por entre anjos e atlantes, um deus do mar e as figuras femininas de Lusitânia e Europa, estão retratados quatro grandes heróis dos Descobrimentos.


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Destacado em cima e à esquerda, o próprio Príncipe Navegador, num escudo em que folhas de carvalho ornam a frase “Infante D. Henrique de Portugal”. À direita, partindo da dúvida de se tratar de Vasco da Gama a vencer o Adamastor ou Bartolomeu Dias, Julieta Marques optou por identificar a figura como Duarte Pacheco Pereira, dado que D. João V queria glorificar a descoberta do Brasil e tudo indica que o cientista dos Descobrimentos lá havia estado dois anos antes da “descoberta oficial”, tendo sido mesmo o primeiro a referir a existência de “pau brasil” naquelas paragens, para além de que integrou a expedição de Pedro Álvares Cabral em 1500. Este aparece no lado inferior direito, empurrado para o seu destino por atlantes alados.

Então e a quarta figura?

Bom, essa, para além da do Infante, é a única que está identificada! Mesmo que não víssemos as correntes de Bobadilha, que amarguraram Colon até à derradeira hora da sua morte, a legenda lá está, clara e precisa: “A CASTILLA Y A LEON NUEVO MUNDO DIÒ COLON”.


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Então o que estaria um plebeu cardador de lãs de Génova a fazer no meio de tão ilustres nobres, na “Sala dos Heróis Portugueses”?...

Que é o descobridor do Novo Mundo, é ponto assente. Que se chamava Cristóvão Colon, está ali documentado... que é um “Herói Português” não oferece qualquer dúvida ou discussão!

Probato est !!!


OS NOMES DAS DESCOBERTAS

Um estudo publicado em 1989 por Mascarenhas Barreto realça como é idiota tentar fazer Colon passar por genovês: os nomes que deu aos sítios descobertos no Novo Mundo.

Não existe um único italiano e mais de 40 são portugueses, a maior parte alentejanos.

À primeira ilha descoberta chamou San Salvador (seu próprio nome), à segunda Fernandina (quiçá em honra do pai), à terceira pôs o nome de Isabella (em honra da Rainha que o contratou… ou da própria mãe?) e depois deixou por lá uma extensa lista de topónimos portugueses, como Belém (em Lisboa) ou Cuba: o único sítio no mundo com esse nome, à data, era a vila alentejana.

Outros: Ponta Faro (capital do Algarve e freguesia da Cuba), Graciosa (Açores), Guincho (ilhota na Madeira), Porto Santo (antigo nome de Porto d’el Rei, em Beja, e a ilha onde viveu e nasceu o filho Diogo), Santo Antonio (outro nome que os italianos reclamam e é português), Santa Catarina (costa algarvia, Açores e Madeira), Santa Clara (a 1 km de Beja, também na Madeira e nome do Convento de que a sua tia foi Madre Superiora, em Beja e no Funchal), Trindade (a 6 kms de Beja, Sant’Ana (entre a Vidigueira e Portel e na Madeira), Santa Cruz (aldeia perto de Beja), Santa Luzia (Açores, Cabo Verde e perto de Ourique), Santiago (ilha em Cabo Verde e uma das duas paróquias de Beja - a outra era São Salvador), S. Bartolomeu (nome do irmão e de duas povoações alentejanas, perto de Santiago e Viana), Sanctus Spiritus (Espírito Santo e aldeia a sul de Mértola), S. Jorge (Castelo em Lisboa, ilha nos Açores, cidade em Cabo Verde e porto na Madeira), S. João (aldeia perto da vila de Cuba), Conceição (aldeia junto a Beja e igeja onde está sepultada a madrasta de Colon e quatro dos seus meio-irmãos), S. Miguel (maior ilha dos Açores e aldeia perto de Mértola), S. Luiz (a norte de Odemira), S. Vicente (a sul de Beja), S. Domingos (aldeias alentejanas, perto de Mértola e de Santiago), S. João Baptista, S. Nicolau, Mourão (entre Beja e Évora), Guadiana, Santarém, etc, etc...

Foram estes os nomes que Colon espalhou pelas Caraíbas...


CONCLUSÃO

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E pronto! Está contada a história - não a História, que essa continua coxa. Não foi fácil resumir em sete páginas o que ocupou já milhões delas, das quais uns milhares serviram para enriquecer o meu conhecimento e para me trazer a consciência de que estou a ser enganado pelos doutos defensores de causas próprias que fazem sobre o passado as páginas com que mentem ao futuro, mas também pelos preguiçosos que soçobram ao pânico do trabalho que daria emendá-las.

Não será enredo de novela nem tem o sexo e a violência que deliciam plateias, mas é a História que fica do que aconteceu até sermos o que somos hoje e de como cá chegámos…

… mas continuo a pensar que a verdade é sempre mais bonita que a mentira!

Portanto, acabo com as palavras com que iniciei a abordagem a este assunto: MUTATIS MUTANDIS...

... que é uma expressão em latim que significa "MUDE-SE O QUE TEM QUE SER MUDADO"!



NOTA: Todos os factos mencionados neste artigo (exceptuando a eventual participação de D. João II no financiamento da viagem de 1492, que é a mera citação de uma conjectura) são baseados em sólida evidência, suportada por documentos que existem.

Bibliografia, videografia, internet, fontes e imagens: “The Portuguese Columbus” e “Colombo Português, Provas Documentais”, de Mascarenhas Barreto, “Cristóvão Colon era Português” de Manuel Luciano da Silva e Sílvia Jorge da Silva, “O Mistério Colombo Revelado” e “Colombo Português”, de Manuel da Silva Rosa, “Português de Estirpe”, de Arthur de Vasconcellos, “Dom Cristovão Colon, um dos vectores referenciais da Ibero-América”, de Jorge Preto, “Cristovão Colom - Um Filho de D. Fernando, Duque de Beja” e “Cristóvão Colom, o Almirante de Nobre Estirpe”, de Julieta Marques, “O Codex 632” de José Rodrigues dos Santos, “Cristóbal Colon, esse (des)conhecido”, de Roiz do Quental, “As Repercussões dos Descobrimentos Portugueses nas Obras de Autores do Século das Luzes”, de Janina Zofia Klawe, “1492, Conquest of Paradise”, de Ridley Scott, “Cristóvão Colombo, o Enigma”, de Manoel de Oliveira, “Colombo Enigma Decifrado”, de Charles Merrill para o Discovery Channel, Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, “pt.wikipedia.org”, “dightonrock.com”, “www.colombo.bz”, “colombo-o-novo.blogspot.com”, “amigosdacuba.no.sapo.pt”, João José Brandão Ferreira, Carlos Calado, José António Machado Pereira, Carlos Paiva Neves, Santos Ferreira, José Ferreira Coelho, Joaquim Veríssimo Serrão, António Pestana Garcia Pereira, Fina d’Armada, Abel Cardoso, Margarida Pedrosa, António Cabós Gonçalves, Francisco Matoso, Paulo Loução, Paulo Mascarenhas Barreto, irmãos Mattos e Silva, Casa Colombo em Vale do Paraíso, Centro Cristóvão Colon, Cuba, Alentejo, Palácio Nacional de Mafra e Museu-Biblioteca da Associação Dr. Manuel Luciano da Silva em Cavião, Vale de Cambra.

TODOS OS DOCUMENTOS E LIVROS MENCIONADOS NESTE ARTIGO, FILMES, REPRODUÇÕES, CLIPS EM VIDEO, IMAGENS, RECORTES DE IMPRENSA, CARTAZES, MINIATURAS DE VELEIROS, PUBLICAÇÕES, BROCHURAS, REVISTAS, JORNAIS, PEÇAS COMEMORATIVAS E ARTIGOS RELACIONADOS COM A VIDA, HISTÓRIA, ORIGENS E FEITOS DE CRISTÓVÃO COLON ESTÃO EXPOSTOS E PODEM SER CONSULTADOS GRATUITAMENTE NO
«MUSEU COLON»
DA ASSOCIAÇÃO DR. MANUEL LUCIANO DA SILVA, EM CAVIÃO, VALE DE CAMBRA, PORTUGAL (GPS N 40º 49’ 21" - W 8º 22’ 48")




O LIVRO DE PEDRO LARANJEIRA

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Font: laranjeira.com/artigos/colon/index.html








English translation
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HISTORY

CHRISTOPHER COLUMBUS - THE PORTUGUESE WHO DISCOVERED AMERICA


PL-pedro-laranjeira-05e
Pedro Laranjeira
2009-11-01
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Translation:
Barbara Skolimowska
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INTRODUCTION

UNIVERSAL HISTORY

Much has been written since 1927 about the hidden secrets or half-truths involved in the saga of the voyages of discovery for over five hundred years.

Among the writers on the subject we can cite Patrocínio Ribeiro, Pestana Junior, Francisco Pinto Cabral, Roiz do Quental, Arthur de Vasconcellos, Mascarenhas Barreto, Manuel da Silva Rosa, Eric J. Steele, Julieta Marques, Janina Zofia Klawe, Paulo Loução, José Ferreira Coelho, Jorge Preto and Carlos Calado, as well as Manuel Luciano da Silva and Sílvia Jorge da Silva, whose work inspired Manoel de Oliveira to make a movie.

The subject was so fascinating that it led José Rodrigues dos Santos to write a competent novel about the Portuguese citizen Salvador Fernandes Zarco who under the pseudonym of Christopher Columbus, discovered the New World in 1492. The rights to make a movie of the story, with the title "Codex 632" were promptly sold to Hollywood.

Eighty years of literature have done nothing to alter the textbooks, but of late the subject has gained a sudden renewal of interest.

This could never have occurred without stirring up argument. Indeed, the solid mass of evidence found by Mascarenhas Barreto, Manuel Rosa, Luciano da Silva and others has created a great deal of discussion and disagreement, since it has turned official history upside down and threatened the sacrosanct theories of people whose interests prevent them from making new interpretations of the facts as they now stand.

It appears a proven fact that the Genoese plebeian Cristoforo Columbo did exist, but that he is not the same person, despite the similarity of names, as the true discoverer of America.

They are two distinct persons. Al Gore would doubtless describe this as an "inconvenient truth".

The evidence produced is overwhelming, yet the defenders of the "official truth" persist in turning a blind eye on the glaring facts before them. Yet not even the most conservative of societies can ignore for very long what undoubtedly are new facts.

Some may say that those who claim that the discoverer of America was of Portuguese origin suffer from a patriotic bias, but the truth is that we are involved here, not with the history of Portugal, but with the history of the world as a whole.

And this, as far as I interpret it, is the meaning of the Patrimony of Humanity.


MUTATIS MUTANDIS

We are face to face with one of the most tremendous cases of fraud in history, from prehistoric times to the present day.

Plotted with great cunning in the fifteenth century, this scheme has remained unchallenged for the best part of half a millennium.

To give but one example, the invention of false evidence to justify the invasion of Iraq is mere child's play: a game played with petroleum as the prize, yet child's play in comparison with what is seen here.

Our Portuguese forebears showed us that not only were they capable of giving a new world to the old, but were able as well to invent the most intricate plots, using the most cunning of stratagems to pull the wool over the eyes of the more unaware. These stratagems have survived for over five hundred years, and they have managed to go on fooling the public, despite the fact that we are now in an age where information is freely available. At the time, information relied on messengers on horseback, quite distinct from our times, when a mere click to access the Internet is enough to obtain any information about anything. The grand conspiracy worked up between Dom João II and the noble Lusitanian now known as Christopher Columbus, has remained stubbornly immune to all investigation, and, what is more, remains solidly resistant, though the bones of the monarch who was its inventor have long since been reduced to dust.

Despite this, there are some who have been sufficiently astute and free of received ideas to see through all the mystification.

These include Mascarenhas Barreto, Manuel da Silva Rosa, Carlos Calado, Sílvia Jorge da Silva, José Rodrigues dos Santos, Eric J. Steele, Manoel de Oliveira and Manuel Luciano da Silva, among others, who have kept their vision clear in spite of the fog surrounding them. The blind are those who refuse to acknowledge the facts before their very eyes.

But what could be the point of denying what is so obvious to our eyes? The point is that no one is prepared to review the textbooks of history, no one cares to change the inscriptions on all the statues and monuments, and above all, no one wants to admit that they were duped by two men of Portuguese origin who have been dead for over five hundred years.

The only possible reason for this is a reluctance to admit to the general public that the Spaniards were duped by the Portuguese. Anyhow, they did return the favour in the last thirty years, with the difference that in this case, no one was in the least bit deceived by them. All they did was to adapt their intelligence to the changing times and foresee a future beyond our wildest dreams.

It does not need a Saramago to say that Portugal has always been smaller than Spain, a tiny corner of Europe, a mere pinpoint on the map; yet we were also, in a sense, the most powerful nation in the world.

We may have been small, but we were by no means small-minded, and in this light we must try to emulate the ideals set by our forebears, dead long before our great grandparents came into the world.


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We begin to realize that all the theories about the origin of the great navigator are just a lot of detail forming an immense web of deception woven during this period of history.

We are faced with a tremendous historical plot organized in minute detail with extremely well defined and successful political ends, constructed upon a whole literature devoted toward a distortion of the facts into the mold defined for us by official historians.

The discoverer of America is considered to be the second most famous person in the world. Indeed, so much has been written about him that he only loses in importance to Christ himself.

His life is wrapped in mystery, not only as to his nationality and origin, but also in relation to the role he played during his own life in the questions he raised in defying the monarchy and even the Catholic church of the epoch, incurring much debate around what was his most precious treasure: knowledge.

The first historical reference to his origin dates from the year 1486 in a book of tales by Pedro Diaz de Toledo, who refers to Columbus as "El Portugues".

He was never regarded as being Spanish; in fact Spanish texts refer to him as "a foreigner in Spain", but there were attempts to make us believe he was Italian, born in Genoa. This theory has now been discredited, on the basis of historical facts that can no longer be denied.


THE ITALIAN COLUMBUS

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The muddle of identity has its origin in a dispute over inheritance with the subsequent writing up of a clumsily forged will. It may be proved that there indeed existed a Genoese weaver under the name of Cristoforo Columbo, who emigrated to Portugal in 1476. It is interesting to make a cross-reference between this statement and the fact that Toscanelli sent a letter to the navigator, addressed to Portugal and dated . . . 1474, two years earlier.

In addition, Bartolomé de las Casas relates that Christopher made a complaint to King Fernando of Aragon that he had spent 14 years trying to obtain the sponsorship of the Portuguese Crown for his project. Now, a certain Colon, under the pseudonym Christopher Columbus, is known to have left Portugal in 1484. We may infer then, that he must have spent the previous 14 years here in Portugal, which means he is sure to have been here since 1470. Yet, if we recall, it was only six years later, in 1476, that the Genoese weaver left his country as may be proved by legal documents from Genoa.

So we may only conclude that the Genoese weaver and the navigator must have been two different persons.


THE PLEBEIAN AND THE NOBLE,
THE UNLETTERED ARTISAN AND THE MAN OF SCIENCE

It is unthinkable that a plebeian Genoese artisan could have had the phenomenal cultural and intellectual attainments shown by Christopher Columbus, who knew Latin, Greek, Spanish, Portuguese and Hebrew, and was well versed in philosophy, cartography, cosmography and navigation. Equally impossible was it that he should have married a noblewoman, which is what happened in 1479 when he wedded D. Filipa Moniz Perstrelo, daughter of Bartolomeu Perestrelo, the Captain of Porto Santo in Madeira, a descendent of Egas Moniz and a relative of D. Nuno Álvares Pereira.

Such a state of affairs was simply out of the question in the fifteenth century, quite unheard of. The first examples of intermarriage registered between different classes were not to emerge till a century later, between the 'nouveau riche' and noblewomen, and there is not one instance of this happening in the fifteenth century.

Two things were to contribute to perpetuate the muddle. One was that Christopher had very good reason to prevent his real name and origins from being made public. The other was that 1484 was a year of political conspiracies which gave the Portuguese court good reason not to do anything to rock the boat of the monarchy.


THE NAME

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Today we know that Christopher Columbus was a pseudonym. The truth is that he was never known as "Columbus", but as "Colon". This is backed up by documents of the period.

One of the most popular theories is that he had gone to Castile as a spy for the king, D. João II. Why then is it that there is no record for him of a 'de facto' name from his birth onward?

Another puzzle: why should Portugal have not been interested in his project, when all her priorities were targeted on the voyages of discovery? As a result of Portugal's lack of interest, he ended up rendering his services to the Spanish crown.

Yet another mystery: how is it that we know every step he took from the moment he arrived in Spain with his plans for the voyage right up to the time he put them into practice in 1492, (information gathered from the vast array of papers and reports we have of the period) and going on until his death on May 20 1506… yet nothing whatever before this?

We know that he was in Portugal, but there is absolutely no register of the fact: why should this be so?


THE MYSTERY

There can be only one answer, the simplest of explanations: we were after the wrong name. Christopher must have changed his name and taken a pseudonym, so that everything that he had done before would have taken place under another identity.

In no way less significant is the fact that a man who was definitely of the aristocracy (for he would never had moved within the circle of the most distinguished of the realm unless he were himself of noble birth, according to both Spanish and Portuguese sources), could never have disappeared from the scene, without the connivance and acquiescence of either his own family or of the 'powers that be' of the times.

This would have certainly helped him, in that both sides would have been able to conceal his true identity by authorizing the destruction or at least omission of information about him, both written and spoken.

But what was the need for all this scheming? There is no doubt that the most influential nobility in the world would never have deigned to become involved with the fantasy of a man who wanted to change the name he had been saddled with. That is, they would not have done so unless they had a vested interest in his purpose.

The reasons for this are to be found in the history of the voyages of discovery.


INDIA: PORTUGAL'S TARGET

The commercial interests of Europe at the time were without exception oriented towards India with all her riches, but the Ottoman emperors had placed an embargo on the so-called Christian nations. Only Genoa and Venice had the privilege to be able to import spices and other goods from the East via nations controlled by Islamic law. This was why Portugal wanted to discover the sea route to India: so as to be able to bypass the embargo imposed by Egypt and Turkey.

Christopher's aim was precisely to reach India by sailing toward the West. Now why did D. João II fail to show any interest in this project?

The answer is simple: it was because he must have already known of the existence of the other Indies, which were not the India he had in mind, but instead a vast continent whose inhabitants went about half naked and where instead of gold there was an abundance of exuberant vegetation.

But how could he have known?


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THE GREAT DISCOVERY MADE BY
DR. MANUEL LUCIANO DA SILVA

This was because D. João II already knew about previous voyages to America that had been made in secret. The policy of the time was to keep a strict vow of secrecy so as not to arouse the greed of the Spanish.

68 years before the discoveries of Colon, Zuanne Pizzigano's 1424 nautical maps showed the existence of the Antilles, every one of them dubbed with Portuguese names: Antilia, Satanazes, Saya and Ymana. In 1986, Manuel Luciano da Silva came to the conclusion that these in fact were Nova Scotia, Newfoundland, the Peninsula of Avalon and Prince Edward Island.

Further to the south, it is believed that the so called discovery of Brazil by Pedro Alvares Cabral in 1500 was merely a discovery in formal terms of lands that had already been discovered in secret by the Portuguese. There is evidence of the presence of the Portuguese in South America ever since 1493, in letters from Estevão Fróis addressed to D. Manuel, while another source, the colonial pioneers in correspondence with the Frenchman Jean de Léry, suggests a date earlier still, 1480.


THE CONSPIRACY

These were times of great trouble: 1483 was the year when there was a plot to assassinate the king, organized by the houses of Bragança and Viseu, with the support of the Catholic monarchs and several hidalgos of Portugal, among them Colon himself. D. João II solved the problem by executing the leaders of this conspiracy. The Duke of Bragança had his throat cut in Évora, and the king himself was responsible for stabbing to death the brother of the queen. Those who managed to escape the king's wrath fled to Spain in 1484, and among them was our Christopher.

espite this, D. João II was later to give Colon a new role in the plot.


"COME BACK: ALL IS FORGIVEN…"

Christopher, sorely disappointed with the refusal of help from the Spanish crown to put his project into practice, wrote remorsefully to the king of Portugal, begging forgiveness. The king wrote to him in Seville, guaranteeing his pardon and inviting him to return to Portugal under royal protection.

D. João II referred to him as "Xpovam colon, our special friend in Sevile" and went on to say: "Should you by chance be in fear of our laws of retribution in reason of acts committed without due penalty, we hereby give full warrant that we shall provide you with free entry, abode and permission of exit from the realm; furthermore we declare that you shall not be arrested or imprisoned, nor accused or cited in any matter of law, whether civil or criminal, of whatever nature".

In 1488, Christopher sailed for Lisbon and had audience with the king, but was shattered to discover that he was not to obtain the royal sponsorship for his voyage to the west. No reasons were given for this, yet surprisingly enough, Christopher was promised in total secrecy that the king would do all in his power to make sure that he obtained the full support of the Spanish Catholic kings.


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A WELL-PLOTTED SCHEME

Portugal was, at the time, the cultural pivot of the western world. The Infante Dom Henrique, a man of extraordinary ability, who can be thought of as one of the first fathers of what we now call globalization, had founded in Sagres in Portugal an Academy such as had never existed. Among the distinguished men of science of the era involved with the Academy there were Jews and Muslims who were given appointments for which he paid a salary.

The Spanish kings were at the time not nearly as well lettered as the Portuguese. D.João II thought they would be easy to hoodwink, which indeed they were, with Colon as his pawn in the game.

To say that Colon was a spy in the service of his king is to over-simplify the issue. He was certainly an agent, a pawn manipulated by the Portuguese crown, but of this he was apparently unaware, just as he was unaware of the motives behind the moves of the monarchy.

All he was intent on was to make his plans reality, and the king was but a means to achieve this end, providing him with the interest, in the sense of sponsorship, and the help he needed to persuade the Spanish crown to offer funding so that he could embark on his adventure.

It goes without saying that he snatched at the opportunity without really knowing what the true setup was.

It was then that Bartolomeu Dias returned to Lisbon with the tidings that he had rounded the Cape of Good Hope, which confirmed what the king already knew: this was the route to be taken to reach the true India. But now comes the strange part of it: this was 1488, yet Portugal waited ten more years before sending out Vasco da Gama. Why should this be?

To answer this question is to explain exactly why D. João II needed Colon.


TORDESILHAS

Once a route to the fabulous riches of India had been discovered, Castile would no doubt demand a slice of the pie and stop at nothing to get it, even if to do so meant war. The Treaty of Alcáçovas/Toledo was an attempt to settle the question of the ownership of territories. It gave the Canaries to Castile, and to Portugal it granted Madeira, the Azores and the coast of Africa as far as "the Indies", but that was as far as it went. The Spaniards were obliged to conspire against the Portuguese crown, for they had no intention of giving up their claim to India. That is why they had to be persuaded that they had found India, which was patently a lie. This is where Colon came onto the scene. But the crux of the matter resided in the fact that there must be no legal doubt as to the terms of possession of the lands in question: hence the necessity for a new treaty, that of Tordesillas.

But before this point could be reached, Castile had to be the first to produce the evidence of her great discovery. This was to happen with the arrival of Columbus in the lands that Castile believed was the true India, but which were not, as Portugal very well knew.


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WE DUPED THE SPANISH KINGS

The treaty was all too easy to arrange The Spanish must have been inexplicably ingenuous not to have smelt a rat when the Portuguese offered them India on a platter with such great alacrity. Nor did they appear to suspect anything odd when the terms of the treaty established the right of Spain to all the land within a meridian a hundred leagues to the west of Cape Verde. The Portuguese promptly changed this to a distance of 370 leagues, which meant that on Castile's acceptance of this state of affairs, she would automatically have forfeited her right to Brazil, which would supposedly come to be discovered six years later.

There was no way the Spaniards could know: the Portuguese were aware of the true facts, and Portugal was by no means prepared to let Spain in on their secret.

But to go back to the subject of the East Indian adventure: Portugal waited with all the patience in the world until Colon's arrival to America in 1492. Two years later in 1494, the world as it was known was divided in half: one part, believed erroneously to be the East Indies by the Spaniards, was destined to be the Castilian wedge of the pie. The other gave Portugal the right to claim the treasures of the real India.


WHERE DID THE MONEY COME FROM?...

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It was by no means easy, but D.João II did all he could so that Colon could set his bait. He then waited for Castile to bite. To begin with, Isabel the Catholic was short of money and was only able to contribute the sum of a million maravedis, which was by no means enough. Christopher provided an additional 250 thousand needed just to make ends meet.

So where would he have got the rest of the money? It is claimed that he obtained loans from bankers, yet there is no register of anyone attempting to claim interest on loans. In other words, it could only have been the Portuguese king himself who provided the money that was still needed, so as to guarantee that his plan was to succeed. It is obvious that evidence of these schemes would have been thoroughly smothered.

There is ample proof, however, of the efforts of the king to make the voyages of discovery feasible. It is known that two days before Christopher was due to embark on his voyage of discovery, on August 1st, he was presented with a priceless scientific aid to navigation, written in Hebrew, known as "The Route Calendar", or the "Tables of Solar Declination".

The gift showed rather too much generosity, unless there were other motives in play.


THE MAPS OF PIRI REIS

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Piri Reis was an Admiral who lived between 1465 and 1554, born Ahmed Muhiddin Piri ("Reis" means Captain in Turkish)..

He is the author of a World Map, drawn in 1513, where he included Columbus discoveries, often quoted by him. This map is presently in the Topkapi Palace, in Istambul, where it was discovered, and is known as the Piri Reis' Map.

Hadji Muhammad was a descendent of Kamal Reis, another Turkish Admiral. He fought and defeated the Spanish, Venetian and Genoese fleets in the Mediterraneum, and was finaly defeated himself by the Portuguese, which had him beheaded by the Sultan.

What is then the curiosity about these maps?

They were started longer before the final draw in 1513, including the first ever map to show the two American coasts, South and North, with exact references to Brazil, which he learned from early Portuguese secret navigations before 1500.

Piri Reis knew the exact circumference of the Earth and reproduced it with Antarctica shaped as it was 4000 years before Christ. This shows how old his sources must have been, including that he makes reference to data from the times of Alexander the Great (332 BC).

Something curious occurred when they tried to superimpose Piri Reis' Map on a modern chart of the Mediterraneum: everything was there, but out of place.

Then, someone thought of doing the same, but, instead of using a map, a globe was placed under the Piri Reis' Chart: miracle, everything fell into place!

Now, information has reached us that Christopher Columbus had the maps of the Turkish Admiral in his possession, which he had always kept and took along on his trips. Will this be true?... Everything seems to confirm it, considering the exact knowledge Columbus had of the seas he crossed.

Thus, Churchill 's unhappy quote about Columbus "he didn't know where he was going, he didn't know where he was… and he did it all at taxpayers expense" was never right. In fact, as Brandão Ferreira so humorously puts it, "He always knew where he was going, he always knew where he was and, he if he did so at taxpayers expense, since the taxpayer was Spanish, all the better!""

As we now understand, the discovery of the New World was never a blind adventure, it was a project based upon the best knowledge science had in those times.


INDIA, AT LAST

D. João II died in 1495, so that it was his successor, D. Manuel who sent Vasco da Gama to the East on July 8th, 1497.

So at last Portugal "discovered" the sea route to India on April 17 of the year 1498.

In a similar way, Brazil was "discovered" by Pedro Álvares Cabral in 1500.

So where can we place the mysterious Columbus? His origins unknown, and under an assumed name, he nonetheless regularly appeared before the king and dined with nobles of the highest echelons of society.


MISTAKEN IDENTITY

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The New York Times' World Almanac and Book of Facts 2011" states on page 682 that Christopher Columbus was born in 1451 near Genoa in Italy. This cannot be denied, but I do question that he made four voyages to America. There was never even anything to prove that the unlettered artisan could have been part of the crew aboard Columbus' caravels, to make the point clearer still.

The fact of his birth can be proved from documents written up by a notary public in Genoa in 1470. These refer to a "Cristoforo Columbo, son of Domenico, being nineteen years old" and therefore of age. There was indeed a boy of this name born in 1451.

But the man we are talking about was not the immigrant artisan drinking wine in the taverns of Lisbon since landing there some time after 1476. The Genoese newcomer never enjoyed access to the royal palaces, nor did he bed a noblewoman, D.Filipa Moniz Perestrelo, and become father to her child.


DATE OF BIRTH

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According to Colon himself, he was born in 1447.

In the ship's diary on board the Santa Maria he wrote: "I have made countless voyages without cease for it seems time more than can be measured, but surely for over 23 years". This entry was dated December 21, 1492, during the first voyage. So, counting the 23 years of the voyages, together with the 8 years spent in Castile, plus the minimum of 14 years he would have to have had before being permitted to sail, this makes for a total of 45 years. Subtracting these 45 from the year of the entry, 1492, we can infer that he was born in 1447.

Nine years later at the age of 54, in a letter written to the catholic monarchs in 1501, he writes of his career as navigator in the following terms: "It is for over 40 years that I have been ever at sea in this manner". 40 years, plus the statutory 14, makes 54 in the year 1501, so that he must have been born in 1447. This means that we have two references to confirm the calculation of the year of his birth, 1447.

We can now go back half a century to take a closer look at the Portuguese province of Alentejo.

At the time, the Duke of Beja was the Infante D. Fernando, son of D. Duarte and nephew of the Infante D. Henrique, who officially recognized him as his heir, and granted him the title of Duke of Viseu.

He married a cousin, Dona Beatriz, by whom he had nine children, one of whom, Leonor, was to become Queen of Portugal on her marriage to D. João II. Their son, Manuel, was later crowned king. It was this Manuel who was to send Vasco da Gama to India.

The Infante D. Fernando was therefore a five star hidalgo.


MADE IN PORTUGAL

Fernando fell in love with or was smitten into an adolescent passion by a girl, about a year before he was married to his cousin. The object of his passion was a girl of good family, the daughter of João Gonçalves Zarco who was a knight of the realm and the discoverer of Porto Santo and Madeira Islands. She became pregnant by D. Fernando. Her name was Isabel Gonçalves Zarco.

Dr. Manuel Luciano da Silva declares in his book that the offspring of this illicit union was baptized with the name of Salvador Fernandes Zarco. Baptism in this case would have meant a naming rather than a performance of religious ceremony, given that the child was illegitimate, quite apart from the fact that the child's grandfather was a Sephardi Jew; in other words he was of Hebraic origin from the Iberian Peninsula, written in Hebrew as: PL-11-hebraico : sefarad)..


THE REASON FOR SECRECY

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So there were two reasons for hushing up his name: not only was he a bastard, but also a Jew. There are those who believe that the name "Christopher" was an attempt to mask his connections with a Jewish family at a time when the Inquisition was building up its terrible powers: in Spain since 1478 and a few years later also in Portugal.

Both Spain and Portugal were to be responsible for legislation in view of expelling the Jews, Spain on August 3, 1492 and Portugal on October 31, 1497..

As a matter of interest, it happens that August 3, 1492 was the date that Colon set sail for the New World, from the port of Palos in the south of Spain.

It appears that our navigator had given orders the previous day that the crew should board at 11 at night, which is quite unheard of in the usual procedure before embarkation. One cannot help but smell a rat.

So that it makes total sense that a Sephardi Jew should take the precautions to pass for a Christian. The name Christopher means "he who carries Christ", after the legend that tells of the occasion when St. Christopher carried the child Jesus while fording a river.


CUBA IN THE ALENTEJO

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Under the circumstances, D. Fernando did what any nobleman would have done: he spirited the girl to as far away from Beja as was feasible to have the baby and that was 20 kilometres to the north, to Cuba, which was where the child was born.

Why to Cuba of all places? We will never know for sure, but it must have been for one of two reasons. The place was at a convenient distance from D. Fernando's town, and as it happens, it seems there were several of her relatives who had settled in the area. A gravestone has been found quite recently in Albergaria dos Fusos, a village about 15 km from Cuba, with a clear inscription of the name ZARCO.

This gravestone is now to be seen in the church of Nossa Senhora do Outeiro (Our Lady of the Mound), which dates back to the fifteenth century and which used to belong to the Convent of Saint Clare in Beja, where D. Fernando came from. The nuns went on to found a second convent in Funchal on the island of Madeira which was paid for by funding from João Gonçalves Zarco, the baby's grandfather.

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This is a little too much to expect from mere coincidence.

On October 27 of the year 1492, Colon discovered the island known today as Cuba. He is said to have called Cuba "the most beautiful place on earth". Could it be that he was referring to the island of his discovery, or was he expressing the tradition in Portugal of describing one's birthplace in the same terms?

As far as the circumstances of his birth are concerned, there have been countless bastards throughout history who have made it to the top echelons of society during the monarchy in Portugal. "Noblesse oblige", as the saying goes, and royal blood was nothing to be sniffed at, and what today would be termed gunshot weddings without the piece of paper were by no means the exception. Contraceptive measures were not unknown, since the condom was known to the Chinese, the Egyptians and the Greeks, but they were made of animal bladders and were so uncomfortable as to justify not wanting to make use of them. It is not even certain whether the claims of Dr. Condom in the seventeenth century that they could prevent Charles II of England from spawning so many illegitimate children have any basis in fact. It was only as recently as 1939 that the condom became a viable means of contraception.

In an era when there was no television, no mobile phones to be able to exchange the usual vapid formulae of "Where are you, what are you doing, (or, reading between the lines, who are you with?)," the occurrence of illegitimate children was a common thing and what is more, the innocent offspring were more often than not absorbed into the class of the aristocracy.


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DOUBLE IDENTITY

We do not know when Salvador Fernandes Zarco began to be known as Cristovão Colon, but we can be sure that from now on he would be known by both names, which would clearly reveal his origins, Jewish or otherwise. Whenever he needed to sign anything, he made use of a singular stratagem, using an elegant acronym.

One example is the monogram he was in the habit of inserting just to the left of the acronym whenever he signed anything.

Sílvia Jorge da Silva came to the conclusion in 1989 that the monogram is composed of a juncture of the letters "S", "F" and "Z":

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As for the acronym, it has all the characteristics of the cabala, implying the knowledge of three languages, Latin, Greek and Hebrew.

Here is the famous signature of Colon:

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The signing of a name always began with a phrase addressed to Christ in Latin: Sanctus, Sanctus, Altissimus Sanctus, which to this day is part of the ritual of the Church. On the next line, the X is the Xristos of the Cross of Christ and is followed by an M and a Y, representing Mary and Joseph respectively. The message thus reads: Son of Mary and Joseph.

This is one possible interpretation. José Rodrigues dos Santos suggests another in his book "Codex 632". He argues that the acronym may be derived from studies of the Cabala by the Knights Templar, whereby the two top lines are meant to represent the Trinity, whose base is the A of Altissimus. This is to show that the reading should be made from the bottom which represents matter, towards the top which represents spirit, that is, from the third line upward.

The resulting message should now read: Sanctus, Sanctus, Altissimus Sanctus, Xristos Messias Yesus (Holy, Holy, Most Holy, Christ the Messiah, Jesus).

This would be the interpretation of a Knight Templar. But this reading made under cover of the mask of Christianity would be transliterated into Hebrew by a Sephardi Jew into: SHIN for the S, for SHADAY, one of the names of God and ALEF, for the A of ADONAI, another name attributed to God. Our message becomes: SHADAY, SHADAY, ADONAI, SHADAY, meaning: LORD, LORD, GOD, LORD.

The last line, reading from right to left as in Hebrew, would appear as YMX: Y for Jehovah, M for maleh and X for xessed. This is a Jewish prayer, Jehovah maleh xessed, meaning that God has mercy.

Just two readings, but there is more to this than meets the eye. If we read the third line of the Hebrew from left to right, we get XMI or SHMI which means "my name is". If we now reverse the direction of reading and use the system in Hebrew, from right to left, we end up with YMX or YMACH. To close the circle we then have the two readings, one from right to left and the other from left to right: YMACH SHMI.

This, in Hebrew means: May my name be rubbed off the slate.

But it is precisely his name or rather, names, that deserve more research.


ONE LINE, TWO NAMES

We must pause for a time to examine certain conventions of the times.

Greek punctuation possessed two characters called colons, ":" and "./" , which were the forerunners of our modern colon and semicolon; one was used to open a clause of particular importance and was always followed by the other to close it.

The colon limits a phrase which acts within its own boundaries without affecting the main body of the sentence, which will eventually find its own resolution. The comma is a device to pause the flow of information in attempt to make the main sentence the most important in terms of meaning. In the process of signing a document, there is always the tendency to leave a space for later editing, and the relative chances of the appearance of a comma, a colon or of a semicolon are a question of one in three. XPO means XRISTOS, or Christ in Greek.

"Ferens" is from the Latin verb "fero", meaning to carry or to bear, so that the meaning of XPOFORENS or Christopher is "he who bears Christ". Christopher in English would have been Cristoforo or Cristofõm in the Portuguese of the time, hence the navigator's pseudonym.

"fõm" is a suffix in Portuguese whose equivalent today is "vão", which has augmentative connotations, implying the meaning "great bearer".

The inclusion of the name of Christ might be thought of as unacceptable to a Jew, although it could equally well be of use in masking his Jewish origins. Hence his care to include the cabalistic interpretation: "may my name be rubbed off the slate".

So where in this series of double meanings does the name Salvador Fernandes Zarco find a place?

Let us have another look at

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XPO or Christ is also known as the Savior, which is the meaning of Salvador. Nothing could be more obvious.

Then comes "ferens", which also happens to be a frequent abbreviation in the Middle Ages for Fernandes or Fernandez.

Finally our attention is drawn to the unusual rendering of the S of XPOFERENS. If this apparent final S is turned upside down, it forms the tenth letter of the alphabet in Hebrew, LAMED whose meaning is member or phallus, in colloquial language, zarco.

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"Colon" in Greek has the same meaning. Can this be coincidence?

It is known that Fernandes means the son of Fernando, and it was usual for the first born male heir to take the name of the mother, which explains the full name, Salvador Fernandes Zarco.

This should be enough to claim that he was Portuguese, but there is more proof at hand: Pope Alexander VI in a papal bull of the year 1493 written in Latin cites Christopher's name in Portuguese, not as Columbus but as Colon. In another bull dated the following year, his name is given as Cristofõm. This is clearly Portuguese: "Cristo" without the letter H and "fõm" written with a tilde over the O.

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Now, there has never been any language other than Portuguese that uses a tilde over the vowel O.

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Other evidence includes that of the Spanish scholar, Altolaguirre y Duval, who states that Columbus' dialect and speech patterns were definitely those of Portugal.

The Jewish scholar Simon Wiesenthal mentions that he spoke Castilian or the Spanish of the time with a pronounced Portuguese accent.

In a legal document entitled "Pleyto de la Prioridad", two witnesses, Hernán Camacho and Alonso Belas refer to Columbus as "infante de Portugal", meaning a son of Portugal.

The Spanish president of the Royal Geographical Society, Ricardo Beltrán y Rózpide states clearly that the discoverer of America was not born in Genoa, and goes on to say that he was a native of some place between the Cape of Ortegal in Galicia and Cape San Vicente in the province of the Algarve.

In the navigator's own hand in a letter addressed to Diogo Colon, we find the following words: "Muy caro filo", with the F of Portuguese rather than the H to be found in Castilian Spanish (hijo).

All the evidence points to the fact that he spoke Castilian with a Portuguese accent and indeed his writings are full of expressions that were characteristic of Portuguese.

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A will registered in the year 1498 disappeared under mysterious circumstances. It was replaced eighty years later, during an attempt to determine who the true heirs of Colon were, by a forged document issued by a lawyer under the name of Verástegui. This forgery was carried out so clumsily that it claimed as witness Prince Juan of the Catholic monarchy, who as it happened had been dead since the previous October. The courts of law granted the legacy to D. Nuno of Portugal, grandson of Colon's own Portuguese-born son.

The case before us is an example of hiding one's origins without ever going to the trouble of denying them. Colon, in the heading to his last twelve letters to his son, Diogo, makes use of yet another monogram which appears above the greeting: "Muy caro filo".

This monogram is none other than the union of the Hebrew letters called HEI and BETH. These letters read from right to left as BETH HEI form a greeting in Hebrew, "Baruch haschem", meaning "May the Lord be praised", or when used in the form of a blessing, "God bless you".

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SCIENCE AND DNA

Once there was the documentary proof that Colon was Portuguese, Dr. Manuel Luciano da Silva, a doctor, suggested setting up a kind of scientific "acid test" using techniques involving DNA methods.

The technique is relatively easy to understand. The human species has 46 chromosomes arranged in 23 pairs within each cell. The smallest of these pairs is number 23 which is responsible for the determination of sex. The pair described as XX produces females, while the XY pair produces males. Of the two sexes it is only the male who determines the sex of his progeny, as only he can contribute with the Y chromosome necessary for the expression of masculinity.

Chromosomes are made up of molecules of DNA or deoxyribonucleic acid, and these provide valuable clues for analysis.

The curious fact is that the Y chromosome is NEVER subject to modification, generation after generation over thousands of years. It therefore serves as an efficient marker that determines whether or not a given individual is descended from one of his male forebears.

This means that a DNA test may be performed on any man claiming that he is a descendent of Colon, since if his Y matches the original nothing more needs to be said.


COLON WAS NEITHER ITALIAN
NOR FRENCH NOR SPANISH

The Y chromosome was duly identified from the mortal remains of the son, Fernando, and the brother, Bartolomeu of the navigator Colon and was proved to be identical in both these individuals. The skeletal remains were exhumed from their resting place in the Cathedral of Seville by the professor of forensic medicine José Lorente of the University of Granada and his conclusions were recorded by Discovery Channel in May 2005.

Hundreds of people turned up claiming they were descended from Colon. They came from as far afield as Catalan, Valencia, the Balearic Islands, the South of France, Lombardy, Liguria and Piedmont, and they formed a total of no less than 477 people.

Professor Lorente applied the DNA test to all of them: every single case proved negative. None of these claimants were related to our navigator, who was neither an Italian, nor a Frenchman nor a Spaniard.

Could there be any more need of proof? The written evidence is strong enough, but after the DNA testing, do we need anything more?

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A team of experts was formed in Portugal under the direction of Eugenia Guedes da Cunha, an anthropologist of the Faculty of Science and Technology of the University of Coimbra (FCTUC) and of Francisco Corte Real, of the Institute of Forensic Medicine.

The team includes scientists from Portugal and anthropologists from the University of Granada, and their goal was to make a thorough analysis of the mortal remains left to us of the Portuguese nobility.

With the approval of the Archbishop of Coimbra, they obtained an agreement to put their plan into practice, also approved by the local branch of the Portuguese Institute for the Preservation of Architecture (IPPAR), but the group of scientists that included the forensic expert from Granada, Miguel Botella, soon found that the Government was to refuse to give the go-ahead for their project.

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Once again, the University of Coimbra put in a new request which was promptly shelved by the national Directors of IPPAR and the Ministry of Culture and which has not as yet shown signs of being recognized. Dr. Manuel Luciano da Silva made a statement only a while ago over the telephone: "No government can be granted the power to deny the right of its scientists and researchers to investigate new evidence available to make us understand in all its details the truth of our history".


VACATION IN PORTUGAL

This is a small detail, one of the many that remain at the back of the mind to remind us that there are facts that refuse to fit into the niche provided by history in its attempt to keep the ship of convention afloat.

Instead of setting sail on a straight course bound for Castile, to place at the feet of the king his offering of the discovery of the New World, Christopher apparently sailed into a storm that put him ashore in the Azores. Another storm would have forced his ship to seek berth in Lisbon.

His ship sailed into the port of Restelo on March 4, 1493. He requested audience with the king soon after landing, but was only received at court five days later because the king had retired to Azambuja in order to escape the bubonic plague.

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Christopher spent three days in the company of D.João II. On leaving the court, instead of boarding his ship, he went overland to have audience with the Queen in the town of Vila Franca da Xira where he reportedly stayed until nightfall.

He then spent the night in Alhandra, only to return on board his ship on March 13, 1493.

Soon after, he sailed to Faro where he docked on the 14th, with a Spanish crew impatient to get home to their families and wondering why Christopher was spending so much of his time in Portugal.

Why, indeed?


AN IGNORANT PLEBEIAN
AT MAFRA'S NATIONAL PALACE

Julieta Marques is a researcher who has proven herself to be a fierce pursuer of historical truth, never mislead by fantasy or unproved theories.

Sometimes, hard evidence is right in front of us and we seem to be blind to it. She was not and saw what others failed to notice for over 280 years: the painting that fills the ceiling of the "Hall of Discoveries" in the Mafra National Palace, built by order of King John V in 1717, over two centuries after the death of Columbus.


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In the painting, by the hand of artist Cirilo Wolkmar Machado, the monarch perpetuates the great achievements of some great Portuguese. Incidentally, the Hall is also known as "Hall of the Portuguese Heroes".

Among angels and atlantes, a sea god and the feminine figures of Lusitania and Europe, four great heroes of the Discoveries are portrayed.


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On the top left corner, we can see Prince Henry the Navigator, in a shield where he is identified as "D. Henrique de Portugal" (Infant Henry of Portugal). On the right top side, the figure portraits either Vasco da Gama defeating a sea monster or Duarte Pacheco Pereira, the scientist of the Portuguese Discoveries; Julieta Marques opted to consider it is Pereira, as the King wanted to glorify the discovery of Brazil and there is evidence that he has been there two years before the "official discovery" in 1500, being the first author to describe a land with abundant "brasil wood", which eventually named the country. Also, he integrated Pedro Álvares Cabral expedition.

Cabral is on the left down corner, pushed to his destiny by winged atlantes.

Who, then, is the forth figure? Well, apart from Prince Henry, that is the only one identified!

Even if we didn't see the chains of Bobadilha, which cursed Columbus until the day he died, the writing is there, clear and precise: "A CASTILLA Y A LEON NUEVO MUNDO DIÒ COLON", a famous quote about Columbus, which means "To Castille and Leon a New World gave Columbus".


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What then would a plebeian wool weaver from Genoa be doing among such distinguished nobles, in the "Hall of the Portuguese Heroes"?...

That he is the discoverer of the New World is a proven fact. That his name was Colon is documented there… that he is a "Portuguese Hero" presents no doubt!...


THE NAMES OF THE DISCOVERED PLACES

A study published in 1989 by Mascarenhas Barreto shows how idiot it is to try and make Columbus a Genovese: the names which he gave to the places he discovered in the New World.

There is not a single one in Italian and over 40 are Portuguese.

He called the first island discovered San Salvador (his own name), the second Fernandina (to honor his father?), the third Isabella (the Queen who employed him… or his mother?) and then he left there a vast collection of Portuguese names, such as Belém (in Lisbon) or Cuba: the only place in the world with that name at the time was the small town in Alentejo.

Others: Ponta Faro (Algarve's capital and a county in Cuba), Graciosa (Azores), Guincho (small island in Madeira), Porto Santo (old name of Beja's Porto d'el Rei and the island where he lived and where his son Diogo was born), Santo Antonio (another Portuguese Saint the Italians claim), Sta Catarina (Algarve coast, Azores and Madeira), Sta Clara (1 km from Beja, also in Madeira and the name of the Convent where his aunt was Head Mother in Beja and Funchal), Trindade (6 km from Beja), Sant’Ana (between Vidigueira and Portel and at Madeira), Sta Cruz (village near Beja), Santa Luzia (Azores, Cape Verde and close to Ourique), Santiago (island in Cape Verde and one of the two parishes of Beja - the other was São Salvador), S. Bartolomeu (his brother and two villages in Alentejo), Sanctus Spiritus (Holy Spirit and the village Espírito Santo, South of Mértola), S. Jorge (Castle in Lisbon, island in Azores, city in Cape Verde and port in Madeira), S. João (village near Cuba), Conceição (village near Beja and church where lye the remains of his step mother and four of his half brothers), S. Miguel (biggest island of the Azores and village near Mértola), S. Luiz (North of Odemira), S. Vicente (South of Beja), S. Domingos (two villages in Alentejo, near Mértola and Santiago), S. João Baptista, S. Nicolau (Portuguese Saints), Mourão (between Beja and Évora), Guadiana (Portuguese river), Santarém (Portuguese City), etc…

These were the names Columbus spread through out the Caribbean…


CONCLUSION

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So there we are: the tale is told, though the tale of History remains relentlessly in the hands of men whose interests prevent them from telling the whole truth.

It was no easy feat to condense into a few pages the essence of what must have taken millions of pages to write. Of these, close to a few thousand have helped me to understand better whatever I had already known. Part of this enlightenment is my awareness that I have deliberately been duped by people obsessed by their convictions to such an extent that they feel they are justified in masking the past in order to befog the future, or who are too idle to take on the challenge, or else too lazy and panic at the thought of the hard work involved to keep afloat in the oceans of knowledge.

This story provides poor copy for soap opera. There are no scenes of sex or violence to tease the audience and thereby make them blind. But history remains to tell us what happened in the past and has gone on to form what we are at the present moment and what we will become in the future. The fact is, the truth is always much more fascinating than lies.

We are back to the beginning of the cycle. This is the time to remember what was said at the start: MUTATIS MUTANDIS...

... an expression in Latin meaning: ""LET CHANGE COME WHERE IT IS DUE""!



Author's note: All the facts mentioned in this article, except for the role played by D.João II in his sponsorship of the voyage of 1492, which is mere conjecture, are firmly based on facts supported by material evidence registered in documents of the era.

Bibliography, sources and illustrations: “The Portuguese Columbus” e “Colombo Português, Provas Documentais”, by Mascarenhas Barreto, “Cristóvão Colon era Português“ by Manuel Luciano da Silva and Sílvia Jorge da Silva, “O Mistério Colombo Revelado” and “Colombo Português”, by Manuel da Silva Rosa, “Português de Estirpe”, by Arthur de Vasconcellos, “Dom Cristovão Colon, um dos vectores referenciais da Ibero-América”, by Jorge Preto, “Cristovão Colom - Um Filho de D. Fernando, Duque de Beja” and “Cristóvão Colom, o Almirante de Nobre Estirpe”, by Julieta Marques, “O Codex 632” by José Rodrigues dos Santos, “Cristóbal Colon, esse (des)conhecido”, by Roiz do Quental, “As Repercussões dos Descobrimentos Portugueses nas Obras de Autores do Século das Luzes”, by Janina Zofia Klawe, “1492, Conquest of Paradise”, by Ridley Scott, “Cristóvão Colombo, o Enigma”, by Manoel de Oliveira, “Colombo Enigma Decifrado”, by Charles Merrill for the Discovery Channel, Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, “pt.wikipedia.org”, “dightonrock.com”, “www.colombo.bz”, “colombo-o-novo.blogspot.com”, “amigosdacuba.no.sapo.pt”, João José Brandão Ferreira, Carlos Calado, José António Machado Pereira, Carlos Paiva Neves, Santos Ferreira, José Ferreira Coelho, Joaquim Veríssimo Serrão, António Pestana Garcia Pereira, Fina d’Armada, Abel Cardoso, Margarida Pedrosa, António Cabós Gonçalves, Francisco Matoso, Paulo Loução, Paulo Mascarenhas Barreto, brothers Mattos e Silva, Casa Colombo in Vale do Paraíso, Cristóvão Colon Center, Cuba, Alentejo, Mafra National Palace and the Museum of the Dr. Manuel Luciano da Silva Foundation in Cavião, Vale de Cambra, Portugal.




THE BOOK BY PEDRO LARANJEIRA

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Font: laranjeira.com/artigos/colon/index.html





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HISTÓRIA

A QUESTÃO CRISTÓVAM COLOM E A SUA ACTUALIDADE PARA PORTUGAL



RM-revista-militar
RM-TCor_PilAv_Brandao_Ferreira
Tenente-coronel PilAv João José Brandão Ferreira

A Questão Cristóvam Colom e a sua Actualidade para Portugal

“É muito perigoso ter razão em assuntos sobre os quais as autoridades estabelecidas estão completamente equivocadas.”
Voltaire


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CRISTOVÃO COLOM

A História de Portugal regista no seu seio um número considerável de mistérios ou de questões que até hoje não foram completamente esclarecidos.
Estão neste caso entre muitas:

  • A questão sobre o “milagre” de Ourique;
  • O que se passou nas primeiras cortes de Lamego;
  • As navegações para Ocidente a partir dos Açores;
  • O que aconteceu ao espólio do Infante D. Henrique;
  • O significado do Políptico de S. Vicente de Fora;
  • O que se passou em termos de navegações entre a viagem de Bartolomeu Dias e a preparação da Armada de Vasco da Gama;
  • O afastamento de Pedro Álvares Cabral de qualquer vida pública após a viagem em que descobriu oficialmente o Brasil;
  • A reforma das Ordens Militares ao tempo de D. João III;
  • O desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer Quibir;
  • O Processo dos Távoras;
  • A expulsão dos Jesuítas;
  • O porquê da construção do convento de Mafra;
  • A morte de D. João VI;
  • O assassinato do Rei D. Carlos I;
  • O desaparecimento das jóias da coroa portuguesa;
  • E, mais recentemente, a morte do General Humberto Delgado e o caso Angoche.

Com tantos e aliciantes desafios é espantoso verificar quão diminuta tem sido a curiosidade dos portugueses em geral, em aprofundar estas matérias, o que apenas encontra paralelo no desprezo a eles dedicado pelos poderes públicos e pela comunidade científica.

E já começa a ser lugar comum afirmar que em contraponto a tudo isto correm rios de tinta, imagem e som, sobre um “flirt” que um qualquer personagem menor teve, só porque um dia o acaso do destino o trouxe à luz da ribalta.

Ora a vida e os feitos desse notável personagem conhecido por Cristóvam Colom, inserem-se sem sombra de dúvida, nos grandes mistérios da História de Portugal.

Por outro lado existe, de um modo geral, na comunidade científica e académica um grande conservadorismo face à “verdade oficial” e ao que se encontra estabelecido há muito, havendo em simultâneo grande resistência face a ideias veiculadas por indivíduos que não sejam licenciados na área sobre a qual investiguem ou escrevem. Uma atitude corporativa - digamos no pior sentido do termo - do qual muitas vezes os militares são injustamente acusados e que tem muito mais expressão em áreas profissionais civis.

As investigações sobre a verdadeira história de Cristóvão Colom insere-se, em pleno, neste âmbito.

É curioso notar que a maioria dos autores que se têm debruçado sobre este tema em Portugal desde os fins do século XIX, como sejam Patrocínio Ribeiro, Santos Ferreira de Serpa, Saúl Ferreira, Júnior Pestana, Carlos Romeu Ma­chado, Afonso Dornelas, Artur Lobo d’Ávila, Fidelino de Figueiredo, Gaspar da Naia, Jaime e Armando Cortesão e mais recentemente Mascarenhas Barreto ou Luciano da Silva, não sejam licenciados em História. E o mesmo se passa com alguns dos seus opositores tais como Luís de Albuquerque, Graça Moura, Pinheiro Marques, o Marquês de Abrantes e até o Comandante Fernando Pedrosa e Francisco Contente Rodrigues. É justo ainda referir alguns autores estrangeiros que se aproximam ou reconhecem a nacionalidade portuguesa de Colom. Tais como a Prof Janina Clawa; Thor Heyherdhal, Pier Lilliestrom, Francisco Pinto Cabral e Luísa de Toledo Medina Sidónia.

Não pretendo hoje concentrar-me nas investigações que sustentam as diferentes teses existentes, sem embargo de deixar claro que sou o mais adepto possível da tese portuguesa. Mas antes fazer-vos um ponto de situação sobre esta temática, para que os leitores melhor possam julgar e para poderem concluir da importância que o tema tem ainda nos nossos dias.

Assim e após esta introdução, que já vai longa, irei fazer uma síntese geopolítica do Portugal contemporâneo de Colom a que se seguirá uma sinopse sobre as principais teses sobre a nacionalidade do Almirante, a que se juntam algumas considerações.

As conclusões finalizam a exposição.

“O sábio, porque conhece as suas limitações, aprende com todos.
O ignorante, porque sabe tudo, fecha-se e repele, como um insulto à sua pessoa, os que podem instruí-lo”.

José Martins - CTen da Armada

Portugal era, em meados do século XV, uma nação consolidada e cheia de vitalidade.
A crise política derivada da morte do rei D. Duarte, uma crise séria e também pouco estudada que passa pela ultrapassagem das sequelas do desastre de Tânger e morte do Infante D. Fernando; pelo afastamento da rainha D. Leonor (de Aragão), a regência do Infante D. Pedro, a subida ao trono de D. Afonso V, só termina com a tragédia de Alfarrobeira, em 1449. Portugal era uma país que prosseguia o seu destino templário forjado desde o início da nacionalidade e de certo modo arrumado e consolidado desde D. Dinis, que lhe deu as “naus a haver” na imagem feliz de Pessoa e lhe caldeou uma peculiar maneira de entender e praticar a religião de Nosso Senhor Jesus Cristo - o culto do Espírito Santo - cujas maiores reminiscências se podem encontrar, hoje em dia, nas festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, nos Açores.

Esta ideia religiosa veiculava também um ideal de Cruzada que vinha de D. Afonso Henriques e se mantinha para além do fim das cruzadas à Terra Santa que se tinham tornado muito difíceis desde a queda de S. João de Acre, em 1291. Portugal não tinha perdido este espírito e tinha-o transportado para o norte de África desde a tomada de Ceuta, em 1415, mas cujo marco referencial se deve recuar a 1319, data em que a Ordem do Templo se transmutou em Ordem de Cristo e transferiu, por um curto espaço de tempo, a sua sede para Castro Marim, simbólica e fisicamente o ponto mais avançado da fronteira cristã.

É claro que a passagem ao norte de África não teve apenas um carácter religioso mas sobretudo estratégico. Era necessário arranjar pontos de apoio externos à península que nos defendessem de Castela, a nossa ameaça mais temível.

A “tríade” estratégica portuguesa de então era completada com a manu­tenção e alargamento do comércio com o Mediterrâneo e o norte da Europa que representava o sustentáculo económico e financeiro do reino. Este comércio foi alargado mais tarde com o açúcar da Madeira e depois com os escravos, ouro e malagueta, do Golfo da Guiné, cujo marco mais relevante foi a construção da fortaleza da Mina, em 1482.

É bom no entanto recordar que as primeiras explorações atlânticas são do reinado de D. Afonso IV, sabendo-se que as houve desde 1336, mas não há certezas do seu início.

Tinha pois começado a procura de “pimenta e cristãos” que o Infante D. Henrique plasmou em ideal nacional e que daí até à chegada de Vasco da Gama a Calicut, em 1498, não mais deixou de ser prosseguido, tenaz, metódica e cientificamente. Dá ideia de que os portugueses eram organizados e disciplinados até então. Desde essa altura a força das coisas obrigou-nos a ser desenrascados. Até hoje ainda não conseguimos inverter esta situação. É dessa altura também e do confronto de ideias que se geraram, que surgiram duas linhas fundamentais de pensamento estratégico nacional, as decorrentes daquilo a que se pode convencionar chamar, a escola de D. Pedro e de D. Henrique.

D. Pedro defendia a primazia da ligação à Europa rica e culta, embora não pondo em causa as explorações marítimas mas abstendo-se de um empenhamento no norte de África; e D. Henrique privilegiava a exploração do Atlântico e os apoios em África ao mesmo tempo que mantinha o comércio com o norte da Europa e o Mediterrâneo e procurava a neutralidade nas contendas europeias, nomeadamente as peninsulares. Estas duas correntes mantêm-se com nuances, até aos dias de hoje.

O reinado de D. Afonso V pode ser dividido em três fases: a primeira que vai de 1438 a 1449 e que tem a ver com a clarificação política interna; a segunda fase de intervenção em Marrocos e a última que se reporta ao envolvimentos nas lutas dinásticas peninsulares em que o nosso rei tentou a união com Castela e Leão sob a égide portuguesa. A estratégia foi derrotada em Toro, em 1476 e o tratado de Alcáçovas, de 1479, sela esta derrota política.

D. João II veio pôr ordem no reino e mudar a política: centralizou e reforçou o poder real face à nobreza e procurou o apaziguamento com os reinos peninsulares.

No seu reinado aparecem claras as seguintes linhas político-estratégicas:

  • manutenção da autoridade real e segurança interna do reino;
  • defesa da rota da Guiné;
  • busca da rota da Índia através do contorno de África;
  • neutralidade atenta na Península (conter Castela em Terra e batê-la no mar);
  • relações privilegiadas com a Santa Sé;
  • comércio e presença diplomática na Europa do Mar do Norte, impedindo o acesso dos seus marinheiros às nossas rotas a sul;
  • política de segredo em relação a tudo que se relacionasse com as descobertas.

Para evitar que os espanhóis entrassem nas rotas da Guiné firmou-se o Tratado de Toledo, de 1480, onde se cederam as Canárias mas onde se reservou o exclusivo da navegação a Sul do paralelo que passava por aquele arquipélago e se atribuía à Espanha a navegação e terras a descobrir 100 léguas a Oeste do meridiano que passava em Cabo Verde; e, mais tarde, em 1494, o Tratado de Tordesilhas em que se aumentava aquela distância para 370 léguas da ilha de Santiago. Estes tratados foram reconhecidos pela Santa Sé, a autoridade de direito internacional da altura. Estava pois em curso a tese do “mare clausum”. Deve recordar-se que Bartolomeu Dias tinha dobrado o Cabo da Boa Esperança, em 1487, e as informações da expedição de Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã, do mesmo ano, chegaram às mãos do rei, em 1491. Ou seja, D. João II não tinha quaisquer dúvidas sobre como chegar à Índia.

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Na Europa, Castela tentava a hegemonia peninsular e com a conquista de Granada, em 1492, nascia a Espanha.

A Inglaterra e a França recuperavam da Guerra dos Cem Anos e de lutas internas e tentavam a unificação e o reforço do Poder Real.

Eram ainda marginais ao que se passava no Atlântico central e sul e a tese do “mare clausum” tentou que assim continuassem. A Aliança Inglesa não se fez sentir durante todo o século XV, dado a Inglaterra não necessitar do Atlântico geopoliticamente.

No Mediterrâneo dominavam as Repúblicas Italianas, sobretudo, Veneza. A partir de 1450 o Papa, que continuava a dispor de um poder de intervenção importante nas contendas entre cristãos, tentava um equilíbrio entre os estados italianos e as potências que os queriam dominar: a França, a Espanha e a Áustria.

O Império Turco foi-se alargando de uma maneira alarmante: conquistara Constantinópola, em 1453, acabando assim com o Império Bizantino e a partir daí expandiu-se para a Europa e o Mediterrâneo Oriental e em todo o Médio Oriente, sem nunca ter no entanto, dominado Veneza e o seu comércio.

A pirataria e a actividade de corso era uma constante em todos os mares. Com as descobertas marítimas a Europa passou a ter contacto directo e constante com civilizações diversas da Cristã (o que trouxe alguns problemas teológicos à Santa Sé), a capacidade bélica aumentou e começaram a surgir os Estado-Nação saídos do fim do Feudalismo. Culturalmente entrava-se em força no Humanismo e no Renascimento e apareceu esse instrumento revolucionário chamado imprensa.

Foi neste cenário muito resumido que surgiu o “fenómeno” Cristóvão Colom.

“... embora, de todas estas coisas, vós senhores sabeis mais dormindo do que eu velando (acordado)”
(frase com que o sábio e cosmógrafo espanhol Ferrer, terminou um dos parágrafos da carta que escreveu a Colom, em 5 de Agosto de 1495)

Existem várias teses sobre a vida e sobretudo, sobre a nacionalidade de Colom.

A tese catalã, galega, italiana e portuguesa (outras existem como por exemplo a de um Colom castelhano, francês, russo, arménio, corso, maiorquino, etc., que por demais fantasiosas não serão chamadas à colação).

A tese catalã de autoria de Luís Ulloa, reforçada depois, por Enrique Bayeri y Bertomeu, dá Colom como filho do corsário Colombo-o-Velho que, por razões políticas adoptara o nome de Cristobal Colón, identificando-o também como “Colombo-o-Moço”. Defendera a causa de Renato d’Anjou nas campanhas de 1472/73 para anexação da Catalunha à França, contra o rei de Aragão, tornando-se corsário após a derrota dos franceses; era catalão porque pretendia “libertar” a Catalunha; finalmente, à morte arrependido de ter atacado barcos de Génova quis recompensar os mercadores Negro e Spínola pelas perdas que tiveram, como referido no “Codicilo”. Acresce que os apoiantes desta tese também defendem o suposto naufrágio de Colón ocorrido em 1476 na costa vicentina, mas em situações ainda mais distorcidas do texto original do filho do almirante, Fernando Colón, como veremos adiante.

Esta tese tem várias incongruências que lhe tiram a validade como seja:

  • se Colom era filho do pirata francês Coullon, não poderia ser catalão;
  • se pretendeu anexar a Catalunha à França isso não era “libertá-la” pois poria aquele território debaixo da soberania francesa;
  • se por acaso era catalão por ter lá nascido acidentalmente então era um renegado da sua pátria, o reino de Aragão, que por acaso se encontrava aliado a Génova;
  • não tinha nada que se preocupar com indemnizações por causa de ataques a navios genoveses, pois foi um destes que afundara o seu.

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A tese de um Colón galego é de autoria de Celso Garcia de La Riega (e corroborada por outros autores), dá-o como natural de Pontevedra e é do início do século XX. O autor baseia esta tese na descoberta de documentos antigos que relacionavam os Colóns oriundos daquela cidade com o descobrimento do novo mundo.

Um advogado espanhol D. Enrique Turull, fez até uma celebrada conferência sobre o tema, na sociedade de Geografia de Lisboa, em 1914.

Toda esta argumentação foi desmontada por Patrocínio Ribeiro, no seu livro “A Nacionalidade Portuguesa de Cristóvão Colombo”, datado de 1927.

A tese galega foi ainda impugnada por Luís Ulloa, o que mereceu o apoio do padre Fritz Streicher, em 1929, em que reputa aquela opinião de “justíssima” visto que os documentos galegos não só são impugnáveis paleograficamente por terem sido alterados por meio de interposições, raspagens e correcções de mãos posteriores - mas também porque diplomaticamente (como diplomas), carecem de valor para provar, através deles, a viagem de Colón.

O catalanista Ricardo Beltran y Rospide afirma: “o descobridor da América não nasceu em Génova e foi oriundo de algum lugar na terra hispânica, situado entre os cabos Ortega e São Vicente (isto é, na costa atlântica entre a Galiza e Portugal). Acresce que este historiador refutou a tese galega.

O cronista Bartolomeu de Las Casas considerou Colom como estrangeiro e comentou: “nisto e noutras coisas que há nos seus itinerários, parece ser natural de outra língua, porque não penetra de todo, o significado dos vocábulos da língua castelhana nem o seu modo de falar”.

O professor António Rumeu d’Armas da Universidade de Madrid, identificou Colom como português e chegou a escrever “o português era a primeira língua falada e escrita por Columbus” e que o navegador falou castelhano como um português até ao fim da sua vida.

Sabe-se ainda que os estrangeiros residentes em Portugal estavam proibidos de aceder a segredos relacionados com as descobertas, o mesmo se passando, por maioria de razão, com aqueles poucos que navegaram em navios portugueses.

Nas Universidades de Salamanca e Pontevedra só se ensinava direito, filosofia, teologia e letras. Só em Lisboa se estudava as novas disciplinas ligadas à náutica.

De facto o infante D. Henrique, reformou em 1431, as Escolas Gerais, criadas pelo rei D. Dinis, acrescentando a gramática, lógica e retórica, já existentes, as disciplinas de aritmética, geometria, astronomia e música, bem como as de medicina, teologia, direito canónico filosofia e moral e o magistério das leis. Além disso devemos ter em conta o que se ensinava no que se convencionou chamar “a Escola de Sagres” e nos conventos da Ordem de Cristo.

As teses do Colón espanhol têm no entanto um mérito e que é este: ajudam a refutar a tese italiana.

Esta tese que não se limita a dá-lo como natural de Génova mas também de uma dezena de cidades italianas, nasceu quando o manuscrito da “história del Almirante”; da autoria do seu filho Fernando, foi levado para Itália pelo genovês Baliano de Fornari a fim de ser publicado naquela língua.

Está hoje provado que o manuscrito foi adulterado pelo editor Giusepe Moleto, que fez desaparecer o original.


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Quanto à mutação do nome: é fácil compreender que o nome Cristovam Colom tenha sido castelhenizado para Cristóbal Colón, mas seria muito duvidoso que se um Colombo italiano viesse para Portugal o iriam passar a chamar Colom palavra que não tem expressão em português. E se acaso quisesse dissimular a sua identidade como cardador de lãs e taberneiro de Génova não faz sentido que não tivesse escolhido um apelido menos parecido. Em resumo, a primeira deturpação do nome inicial deveu-se ao genovês Trevisano que, em 1504, lhe chamou “Colombus”, afirmando que era natural da região da Ligúria; seguidamente, em 1507, ano posterior à morte do Almirante, o italiano Montalbodo afirmou que ele nascera em Génova; seguiu-se outro genovês, Giustiniano que também o situa natural de Génova e de origem plebeia (o que é contrariado por todos com quem Colom conviveu e os próprios reis de Espanha que o consideraram de nobre linhagem); as obras de Monteboldo e Giustiniano foram divulgadas pela Europa, tendo os historiadores dessa época passado a referir que o descobridor do Novo Mundo tinha sido Colombo, com a reserva do “segundo dizem” referindo-se aos autores.

Em 1571 foi publicada a versão italiana da “História del Almirante”, já referida com a fraudulenta inserção de um Juan António Colombo e do pai Domenico, atribuída a Fornari.

Então desenvolveram-se esforços para se encontrarem em Génova e Savona, todos os actos notariais que se referissem a Colombos, até se encontrarem as pessoas adequadas.

Existe ainda a notícia de que um Salinèrio fabricou, em 1607, actas falsas de 1496 e 1501, o mesmo fazendo outro italiano, Asseretto, que falsificou a minuta de acta de 1479, onde se refere um negócio de açúcar na ilha da Madeira declarando Colombo, que estaria em Génova, a sua intenção de seguir para Lisboa.

Em 1535, desapareceram os originais da “Minuta de Mayoralgo” e o “Memorando”, tendo em seu lugar aparecido as respectivas falsificações e a seguir o “Codicilo Militar”.

Em 1733, Muratori, outro italiano, veio mostrar um opúsculo que atribuiu ao genovês Gallo, afim de consolidar a mistificação de Salinèrio e as falsidades da “Minuta”. E outras cartas fraudulentas surgiram: duas cartas falsas (baseadas nas verdadeiras), de Colom para Oderigo e para o Banco de Génova, e outras tantas do Banco para o almirante e seu filho Diogo.

Finalmente Diogo Colom instaurou um processo contra a coroa espanhola e estando nas Antilhas, delegou a sua defesa no seu irmão Fernando, o qual para não perder a causa declarou ser o seu pai estrangeiro; e para este não ser acusado de português e traidor, afirmou ser ele de Génova.

Com tudo isto estava consolidada, diria forjada, a tese genovista.

Ainda sobre o hipotético naufrágio que justifica o aparecimento dos Colombos, de várias nacionalidades, em Portugal, relatado na “História del Almirante” e que passo a citar um trecho: “enquanto o Almirante navegava com Colombo-o-Moço, o que já fazia durante muitos anos, sucedeu que, tendo sabido que quatro galeras venezianas regressavam da Flandres, foram em sua busca e encontraram-nas entre Lisboa e o cabo de São Vicente, que fica em Portugal. E indo às mãos (fazendo abordagem), combateram furiosamente (...) e sendo o Almirante grande nadador e estando a duas léguas ou pouco mais afastado de terra, agarrado a um remo que encontrou e ajudando-se ás vezes com ele e às vezes nadando, quis Deus dar-lhe força para que chegasse a terra, embora tão cansado e quebrantado pela humidade da água que levou muitos dias a recompor-se. E porque não estava muito longe de Lisboa, onde sabia que se achavam muitos (homens) da sua nação genovesa foi para ali o mais depressa que pôde, e onde, sendo conhecido deles, lhe fizeram tão bom acolhimento que pôs casa naquela cidade e se casou”.

Só há certezas sobre dois combates navais ocorridos frente ao cabo de São Vicente (e não entre Lisboa e este cabo), na época. O primeiro ocorreu a 13 de Agosto de 1476 entre o corsário francês Coullon, conhecido por Colombo-o-Velho, ao serviço do rei de França, que atacou quatro navios venezianos (e não genoveses) e um navio flamengo; o segundo a 21 de Agosto de 1485, entre o corsário Bissipat, conhecido por Colombo-o-Moço que estava também ao serviço do rei de França, e quatro galeras venezianas que vinham da Flandres tendo estas oferecido de imediato a rendição e vindo apresadas para Lisboa.

A tese italiana fala num naufrágio devido a um combate, mas não se sabe ao certo em que ano, parecendo inverosímil que possa ser um dos dois acima apontados. Mesmo que o naufrágio fosse verdadeiro é mais do que duvidoso que Colom conseguisse nadar até à costa percorrendo as duas léguas (cerca de 11 km), em águas frias e revoltas.

É mister fazer menção ainda a uma das mais recentes “burlas” italianas que foi protagonizada pelo comissário italiano da Comissão dos Descobrimentos para 1992 (ano da Expo de Sevilha), o senador Paolo Emílio Taviani que escreveu um livro onde afirma, entre outras pérolas, terem sido os italianos que ensinaram os portugueses a navegar no Atlântico. Taviani cita um trecho da carta que Colom escreveu ao rei D. Fernando, em 1505: “Deus Nosso Senhor enviou-me aqui miraculosamente porque acostei a Portugal”, mas suprimiu a continuação da mesma e cito: “digo por milagre, porque me apresentei ao rei de Portugal, que entendia mais do que qualquer outro em matéria de descobrimentos, e Deus lhe fechou os olhos e as orelhas e cada um dos sentidos, tão bem que durante catorze anos não me escutou”. O milagre refere-se então à propalada recusa do rei D. João II e não ao naufrágio e os 14 anos desmontam a verosimilhança deste já que se descontarmos esses anos a 1484, data da ida do navegador para Espanha, dá 1470, antes pois do combate de Coullon. Tal é comprovado ainda por uma carta que Colom enviou a seu filho Diogo, em 1495, estando nas Antilhas, em que referindo-se à morte de D. João II escreveu: “catorze anos andei a servir este rei”, o que corresponde a todo o reinado daquele monarca, 1481-1495.

Existem numerosas provas de que Colom nunca poderia ser italiano, a primeira sendo, que nunca falou ou escreveu em italiano. Do que se conhece escrito, está em castelhano com muitos erros e lusismos à mistura.

A carta, por exemplo que se diz ter escrito aos seus amigos do banco de S. Jorge em Génova foi em castelhano e não em italiano, o mesmo acontecendo com outros amigos italianos, como Nicolò Oderigo e o padre Gomicio de Navarra, que vivia em Sevilha.

Esta questão da língua é reconhecida pela generalidade dos autores, como sejam António Ballesteros Bereta, Henry Vignaud, Próspero Paragaia, Romulo Cúneo-Vidal, Cesare Collis, Luís Ulloa e Manuel Ballesteros y Gaibrois. O argentino Romulo de Cárbia, defensor das coisas espanholas, afirma que Colom não dominava a língua castelhana nem para si próprio escrevia em italiano. E isto depois de, segundo a tese genovesa ter vivido os primeiros 25 anos em Itália.

Ramon Menendez Pidal considerado o mais eminente dos filósofos espanhóis contemporâneos afirma entre outras coisas, que os “extensíssimos escritos espanhóis de Colón, onde as confusões se produzem, introduzindo frases e vozes portuguesas, não italianas”.

Defendem ainda os italianos que Colom teria estudado na Universidade de Pavia, mas lá só se ensinava filosofia, direito e medicina. Além disso investigaram os registos da Universidade e nada consta sobre um Cristoforo Colombo.

Não faz assim sentido nem é concebível que um humilde cardador de lãs, taberneiro e, mais tarde, eventual marítimo sem estudos superiores, pudesse alguma vez vir a possuir conhecimentos científicos de ponta, cultura humanística, poder casar com uma nobre portuguesa e ter acesso às casas reais portuguesa e espanhola. Só razões ponderosas poderiam levar um homem como Colom a ocultar a sua identidade como sempre o fez. Compreendem-se as portu­guesas, mas que razões podem alegar italianos ou espanhóis para o fazerem?

A nacionalidade portuguesa do grande navegador aparece pois cada vez com maior força, por direito próprio e não por exclusão de partes.

Tudo nela é natural, lógico e ajusta-se perfeitamente ao avanço que os portugueses detinham no âmbito dos descobrimentos; as grandes linhas estratégicas nacionais da altura; à política de sigilo que regulava tudo o que estava ligado às navegações e descobertas de novas terras e ao objectivo de afastar os espanhóis (e outros europeus) do caminho marítimo para a Índia e que culminou no tratado de Tordesilhas. E para ela apontam as conclusões dos principais investigadores portugueses que se debruçaram sobre o tema desde o século XIX.

Não há em Portugal cronista ou documentos inéditos que refiram qualquer Colombo italiano ou Colón espanhol, com excepção de uma referência fugaz de Rui de Pina.

O grande navegador correspondeu-se de Lisboa com o cosmógrafo italiano Pablo del Pozzo Toscanelli, que o reconheceu como português, sendo a correspondência em latim. É conhecida uma outra carta de Toscanelli para o cónego de Lisboa, Fernando Martins, datada de 25 de Julho de 1474, no mesmo período em que se correspondia com Colom, ou seja, dois anos antes em que a tese genovista o dá como chegado a Portugal.

Quando Colom foi para Espanha, dirigiu-se para o convento de la Rabida, junto a Huelva, cujo prior era o padre português (sábio e cosmógrafo) Frei João Peres de Marchena, que intercedeu por ele na corte.


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O Papa Alexandre VI (apesar de espanhol), nas bulas em que se refere a Cristovão Colom trata-o pelo nome português e não em italiano, latim ou castelhano.

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A carta que D. João II escreveu a Colom, em 20 de Março de 1488, tratando-o por “nosso especial amigo em Sevilha” e dizendo “vimos a carta que nos escreveste e a boa vontade e afeição que por ela mostrais ao nosso serviço”.

E como explicar que D. João II tenha enviado a Colom o “roteiro calendário”, conhecido por “tábuas de declinação do Sol”, que tinha encomendado ao judeu Samuel Zacuto (filho do astrólogo Abraão Zacuto), e que aquele recebeu nove dias antes de iniciar a primeira viagem às Antilhas? E como explicar que Colom, um pobre inculto de Génova tivesse conhecimentos da cabala judaica, que lhe permitiram elaborar uma sigla complexa com que se assinava?


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Assinaturas de Cristovâo Colom


Colom utilizava conhecimentos e medidas secretas que só os portugueses conheciam, por exemplo: multiplicando as léguas e os graus por dois, como medida de contra-informação. Por isso, e também como exemplo, Colom situou a Antilha a 42 graus de latitude norte quando a verdadeira era de 21 graus.

Os indígenas das Antilhas navegavam em canoas e longos troncos cavados que em castelhano se chamam piráguas e em italiano pirogas. Contudo, Colom no “Diário de bordo”, chamou-lhes “almedias” que é um termo luso-árabe e só usado pelos portugueses ao referirem-se às africanas.

Os imensos nomes com que Colom foi baptizando as numerosas ilhas e terras descobertas constituem nas sua grande maioria topónimos portugueses (cerca de 40) e nomeadamente do distrito de Beja, donde Colom disse - ocultando - ser natural. E outros têm uma lógica quase cristalina. Por exemplo: à primeira ilha a que aportou, Colom chamou-lhe S. Salvador, que sendo o nome de Cristo (XPO), era também, o seu próprio nome como indicou na sigla.


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À segunda ilha chamou “Fernandina”, que muitos autores defendem ter sido em homenagem ao rei D. Fernando de Aragão. Mas faz pouco sentido isso, pois este rei nunca gostou de Colom e pouco se interessou pela empresa. Mais sentido faria homenagear a rainha Isabel, que sempre o protegeu. Deve lembrar-se porém, que segundo a tese portuguesa o pai de Colom era o Infante D. Fernando.

Só à terceira ilha chamou Isabela (e não Isabelina) que poderia ser uma homenagem à rainha de Castela, mas do mesmo modo a poderia querer referir-se a sua mãe Isabel da Câmara.

À quarta ilha chamou Juana (e não Juanina) o que poderia parecer que estaria a honrar o herdeiro espanhol príncipe Don Juan. Mas porque não estaria Colom a pensar no seu verdadeiro rei e senhor, D. João II? Para eventualmente não suscitar interpretações dúbias, deixou cair este nome e passou a denominar aquela grande ilha por Cuba, terra da sua naturalidade como também deixou oculto na sigla que quase sempre acompanhou os seus textos, etc.

No regresso da primeira viagem Colom regressou pelos Açores. Tal rota levanta as seguintes questões:

  • Porque é que tal facto foi omitido por todos os cronistas portugueses dos reinados de D. João II e D. Manuel I?;
  • Porque foi aos Açores em vez de seguir a rota das Canárias? (os ventos eram mais favoráveis a norte, mas como poderia Colom sabê-lo se não tivesse lá navegado?);
  • Colom omitiu aos reis castelhanos que estava nos Açores. No mesmo dia em que chegou a Santa Maria, escreveu uma carta datada de 15/2/1493, a Santángel escrivão das finanças dos Reis Católicos, afirmando estar nas Canárias;

Juntou mais tarde na folha datada de 14 de Março na qual afirma que “estando no Mar de Castela” sofreu um temporal, “mas corri a este porto de Lisboa, onde hoje estou, que foi a maior maravilha do mundo” (por salvar-se).

Ressaltam duas discrepâncias: escreve Canárias por Açores e achando-se ao largo de Lisboa vindo de Santa Maria, diz estar em “Mar de Castela” quando este termina no paralelo de Vigo.

E dos Açores rumou a Lisboa onde fundeou, a 5 de Março de 1493, junto ao Restelo.

Agora observem V. Exas. o seguinte périplo:

  • a 8 de Março, o almirante foi dormir a Sacavém em casa de Diogo Dias (irmão de Bartolomeu Dias), que era almoxarife da localidade;
  • a 9 de Março dirigiu-se à Azambuja onde estava D. João II, permitindo este que Colom se sentasse, honra que naquela época só era concedida a nobres de alta linhagem e de grande merecimento real.

O rei instruiu então, o Prior do Crato, que era a pessoa principal presente, que o hospedasse em sua casa. Ora, este vivia em Santarém, seis léguas a norte.

  • 10 e 11 de Março Colom reportou ter estado com D. João II;
  • no entretanto a tripulação da caravela “Nina”, permanecia no Tejo desejosa de chegar a Espanha, mas Colom não tinha pressa;
  • na tarde do dia 11, Colom dirigiu-se para Vila Franca e depois para o mosteiro de Santo António, a fim de ir beijar as mãos à rainha D. Leonor, dormindo nesse dia em Alhandra;
  • regressa à “Nina” a 12, mas só largou dois dias depois, apesar do navio estar pronto para o fazer;
  • só a 15 de Março aportou a Saltés seguindo-se a apoteose em Sevilha.

Estranho percurso para um ex-cardador de lã genovês ou para quem o fez português mas malquisto com o Príncipe Perfeito e fugido às leis portuguesas.

Mas, para a tese portuguesa tudo se ajusta e o nosso monarca de posse de todas as informações já poderia preparar o Tratado de Tordesilhas, garantindo para Portugal a posse do Brasil e da Terra Nova e o comércio com o Oriente o que de facto ele fez sem perda de tempo.

Finalmente - embora deixemos muitas outras coisas por dizer - como explicar a estranha decisão de Colom, na sua quarta e última viagem, ao segundo dia depois de estar nas Canárias (em Santa Catarina), de rumar a Arzila (tendo apenas quatro navios e 140 homens), a fim de socorrer os portugueses que estavam cercados pelos mouros?

Isto sem autorização dos reis católicos, tendo tão poucos homens e ainda tendo cedido víveres aos portugueses, que lhe eram essenciais para a viagem? Lembra-se que D. João II já falecera sete anos antes e D. Manuel I senhor das mais poderosa marinha do mundo certamente não lho pediria.

Alguns investigadores atribuem tal acção a “desvairamento” ou então ao seu espirito cristão.

Mas atentemos: o capitão de Arzila era Dom Duarte de Menezes, filho do Prior do Crato que hospedara Colom em Portugal, em 1493, e casado com Filipa de Noronha que, segundo a tese portuguesa era sua prima direita.

Por outro lado, os três fronteiros terrestres de Arzila eram o conde de Borba, Dom Vasco de Menezes Coutinho, o visconde de Vila Nova de Cerveira, Dom Francisco de Lima e Dom Fernando de Castro, todos eles com laços familiares com Colom, o que é corroborado pela descrição que seu filho Fernando fez do episódio dizendo a certa altura “... lhe enviou certos cavaleiros que tinham consigo alguns dos quais eram parentes de Dona Filipa Moniz, mulher que foi, como já se disse, do Almirante em Portugal”.

Afinal, parece que Colom se limitou a ir socorrer a família.


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Descendência de Colom

Estamos pois em crer que Cristobal Colom, mais propriamente o português Salvador Fernandes Zarco, como as últimas investigações efectuadas sobre a sua sigla/assinatura indicam, nascido no concelho de Cuba, filho bastardo do Infante D. Fernando, enlaçado com Isabel da Câmara, Infante este que era filho do rei D. Duarte, sobrinho do Infante D. Henrique que o perfilhara, lhe doara todos os bens após a sua morte e o título de duque de Viseu e foi seu sucessor na Ordem de Cristo e o substituiu na regência na Universidade de Lisboa.

Tudo leva a crer ainda que Colom já tinha estado nas Antilhas e vários indícios existem de que alguns dos índios que contactaram com a primeira expedição já tinham tido contactos com o homem branco.

E é de estranhar que se o Almirante se dirigia à Ásia a fim de contactar as avançadas civilizações da Índia, da China e do Japão só tivesse levado para trocar por sedas, especiarias, metais e pedras preciosas, contas de vidro e pratos de barro. E para comprar o que os índios vendiam tivesse usado ceitis que eram moedas portuguesas!

Finalmente como compreender a recomendação feita aos seus pilotos na primeira viagem, antes de largar das Canárias, “depois de terem navegado para poente setecentas léguas, sem terem encontrado terra, não caminhem desde a meia-noite até ser dia.” Essa zona, como se confirmou na segunda viagem, era perigosíssima devido a inúmeros escolhos submersos a pouca profundidade. Chamaram a essa zona “as onze mil virgens”.

Caros leitores:

O mundo nunca perdoou a um pequeno país como Portugal, se tivesse, sem ajuda de ninguém, alcandorado a uma tão relevante grandeza histórica.

Os estrangeiros, de um modo geral, não nos valorizam e desmerecem-nos e não devemos esperar que nos defendam. Podemos lamentar a sua falta de honestidade intelectual mas entendemos as motivações subjacentes.

Agora que portugueses, para além de toda a justificação, se depreciem a eles próprios e não cuidem das suas glórias é que me parece de muito fraco siso.


Conclusões

“A História é património comum. Por isso, não devemos deixá-la cair em más mãos.”
Georges Duby
(Filosofo francês em entrevista concedida
ao “L’Express” de 14/2/92)

Uma das razões que levaram ao fim do Estado Novo foi o esgotamento da acção psicológica interna.

Esta nossa III República nem sequer o tenta, isto é, pouco se faz para aumentar a coesão nacional, o conhecimento das coisas portuguesas, o orgulho em Portugal. Tudo é centrifugo e tudo se relativiza. Fala-se muito em salvaguardar a identidade nacional, mas nada se diz sobre a sua individualidade. Ora, eu não sei como se pode manter uma sem cuidar da outra. De facto continuamos a alienar partes substanciais da nossa soberania e a destruir ou menorizar o que a podia defender, alegremente, sem lhe medir as consequências, como que tolhidas por uma estranha maldição. Do mesmo modo deixámos de sentir ameaças, queremos ser amigos de todos e pensamos que todos querem ser nossos amigos. É com este pano de fundo que devemos enquadrar o desprezo com que as autoridades, as instituições, os intelectuais e a comunidade científica tratam o tema Colom e tudo o que lhe está associado. O povo, esse, está impossibilitado, pois é tratado a “pão e circo”. Não sabemos se isto se passa por comodismo, ignorância, cobardia ou outra razão qualquer. Cada um de vós aqui presente ajuizará. O que eu sei é que deixamos passar as oportunidades que nos poderiam ser úteis e ainda colaboramos naquilo que nos é prejudicial. Tenho que vos maçar com alguns exemplos.

1992, para não ir mais longe, foi o ano da Espanha, e a exposição de Sevilha o seu expoente, comemorando os 500 anos da chegada de Colom ao novo mundo (isto apesar dos portugueses já o terem feito). A isto se seguiu um campeonato da Europa de futebol e as olimpíadas de Barcelona do mesmo ano. Se isto não é planeamento estratégico ao mais alto nível não sei o que será. Da exposição de Sevilha aproveitaram italianos, espanhóis e outros, mas não Portugal que teve uma participação algo envergonhada apesar da Comissão Nacional para os Descobrimentos ter sido quase um mini-ministério e não consta que lhe faltassem meios financeiros. De tudo o que se passou resta-nos a réplica de uma caravela (que ainda navega) e alguns livros e revistas. Mas deixámos de desfrutar de qualquer pioneirismo - já que foram os “povos da Meseta” que se fizeram ao mar - e nem sequer se fala mais em descobrimentos, mas sim em “encontro de culturas”! Presumo que os leitores já se tenham dado conta disto...
Além disso Portugal não esteve representado (por não mostrar interesse), na comissão que organizou, em 1992, a exposição sobre os Descobrimentos que teve lugar em Washington e presidida por Daniel Boornstin.

E como entender que se declinasse o convite feito a Portugal para estar presente em Santo Domingo no ciclo das comemorações do I Centenário da descoberta da América, em que tinha sido destinado ao nosso país um pavilhão de honra?

Nós somos tão perdulários que entregamos aos australianos a vontade de provar a primazia dos portugueses na descoberta da Austrália! E de igual modo deixámos escapar na Expo 98 em Lisboa, notável realização a vários níveis, a oportunidade de afirmar a importância das nossas coisas. Apesar do tema ser os oceanos, na parte que tocava à sua historiografia a mesma foi tratada ao de leve quase em termos de banda desenhada para jovens.

E deixámos, quando não colaborámos sem qualquer sinal de consternação que os nossos vizinhos tudo fizessem para se apropriarem da referida exposição. Já tínhamos falhado a comemoração dos 500 anos da passagem do Cabo da Boa Esperança por Bartolomeu Dias em 1487, marco fundamental na nossa gesta; quase ninguém deu conta também, dos 500 anos do tratado de Tordesilhas, em 1494 e sobre a chegada de Vasco da Gama à Índia, a coisa mais relevante de que me lembro foi o desdém com que o governo da União Indiana se esquivou a colaborar nos eventos e a conferência que um notável indiano que pressurosamente convidámos, efectuou em Lisboa e nos insultou.

Deixámos ainda passar quase em claro o 500º aniversário da morte de D. João II e quando alguém se deu conta de que não havia no país nenhuma estátua a tão preclaro rei, ergueram-lhe uma vacuidade escultórica no topo sul da Expo, que é um insulto à sua memória.

Mais uma vez as nossas tricas de família impediram a comemoração dos 75 anos da viagem aérea de Sacadura Cabral e Gago Coutinho ao Brasil, em 1997, o mesmo acontecendo a nova tentativa, três anos depois aproveitando o V centenário da chegada de Cabral ao Brasil. Até estas correram sem lustre, nada se adiantando sobre a mais que certa exploração daquele país antes de 1500. E lá fomos ofendidos mais uma vez na pessoa do Presidente da República com as inconcebíveis manifestações que lhe fizeram em terras de Vera Cruz.

Este facto poderia ter sido minorado se nos tivéssemos lembrado de comemorar no ano passado os 350 anos da expulsão dos holandeses do Brasil, mas tal não nos ocorreu.

E os 450 anos da chegada ao Japão tiveram muito mais relevo naquele país do que na Lusa terra.

Enfim em muito pouco acertámos, e a lista podia continuar.

Também desperdiçámos outras oportunidades e estou a lembrar-me do cinquentenário do primeiro ataque à Índia Portuguesa, pela União Indiana, ocorrido em 21 de Julho de 1954.

Os 350 anos da queda de Ceilão e da vitória de Montes Claros, em 2006; os 500 anos da tomada de Ormuz, em 2008; os 200 anos das invasões francesas, entre 2007 e 2010; os 500 anos da conquista de Goa, em 2010; idem para a conquista de Malaca, em 2011, o cinquentenário do início do terrorismo em Angola, em 2011; os 90 anos da primeira travessia aérea do Atlântico Sul, em 2012; e em 2015 deveremos comemorar os 100 anos da batalha da Mongua onde se efectuou a última carga a cavalo do Exército português; os 500 anos da morte de Afonso de Albuquerque e os 600 anos da Tomada de Ceuta. E o mais importante para o caso vertente seria comemorar condignamente o V centenário da morte de Colom, em 2006.

Há pois que insistir no tema Colom. E o ponto é este: Colom pode até nem ser português ou sendo-o ou não, ter servido a coroa portuguesa. Mas havendo, nem que sejam apenas pequenos indícios de que isso pudesse ter sido realidade, então seria lógico que o assunto fosse mantido vivo e acarinhado o seu estudo. Ora o espantoso é que não só, a nível nacional, nada se faz neste sentido, como se ataca e se tenta inviabilizar qualquer iniciativa que não vá por esse caminho. Não deve haver povo mais masoquista no mundo, do que o português.

E tanto é mais de espantar quanto este tema serve muito os interesses portugueses. Senão vejamos:

  • a busca da verdade ainda não deixou de ser uma actividade nobre;
  • a investigação sobre Colom português ajudaria a colocar os Descobrimentos portugueses e toda a actividade que lhe está associada, no epicentro da abertura da Europa ao mundo, no conhecimento da terra e na primeira globalização que se levou a cabo;
  • a curiosidade e o desenvolvimento do conhecimento de todos estes assuntos seriam aumentados tanto a nível nacional como internacional;
  • a Marinha e a Cultura portuguesas veriam acrescentada a sua honra;
  • tudo o que vier a favor de Portugal aumentará a nossa projecção no mundo e o peso específico que possamos ter na União Europeia, na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e neste caso específico, nas relações Ibero-Americanas;
  • serviria para pagarmos uma dívida de gratidão a Salvador Zarco, um português de lei que se sacrificou pelo seu rei e pela sua Pátria;
  • finalmente e muito importante, ajudaria a levantar a auto estima nacional que a maioria dos comentadores afirma - e nós constatamos - andar pelas ruas da amargura.

É certo que isto nos traria incompreensões, vitupérios e, quiçá alguns problemas internacionais nomeadamente por parte da Espanha - que estamos em crer, sempre soube a verdade, mas não quer que se saiba - e sobretudo, da Itália e das comunidades italianas espalhadas pelo mundo, a começar nos EUA, para quem Colombo - e não Colom - é o maior dos seus heróis. Paciência, teríamos que arrostar com elas. Faz parte do preço que pagamos por sermos uma nação livre há quase nove séculos. Quando deixarmos de querer pagar esse preço, os leitores concluirão...

O que se pode fazer então? Muito. Atentem: pagar bolsas de estudo ou prémios para quem se quiser dedicar ao assunto; organizar congressos nacionais e internacionais sobre o tema; avaliar intervir e eventualmente, contestar o que se publica e faz no mundo sobre a questão; iniciativas várias, individualmente ou em conjunto, por parte de instituições nacionais (esta que estamos hoje aqui a realizar, é já uma!), relativamente a toda esta temática; tentar interessar personalidades estrangeiras de reconhecido mérito, sobre a problemática. E seria do mais elementar bom senso que tudo fosse apoiado pelos órgãos do Estado.

Vivemos tempos favoráveis para se relançar a polémica. Na Internet existem já centenas de sites sobre Colom; no Canadá está em preparação um congresso internacional sobre esta figura histórica e até a Câmara de Cuba se passou a interessar pelo diferendo desde que assumiu que Colom era filho do Concelho.

Mas mais importante de tudo é que uma equipa de cientistas está a efectuar testes de ADN para se determinar exactamente onde está sepultado Cristóvão Colom: se em Sevilha se em Santo Domingo (e ainda para determinar se os outros corpos exumados em Sevilha são seus familiares). Já se fizeram testes naquela cidade e apesar de não serem completamente conclusivos tudo aponta para que o corpo não seja o de Colom. A República Dominicana começou por recusar os testes, depois autorizar e pouco antes destes se efectuarem, em Fevereiro deste ano, voltar a impedi-los. É muito natural que haja no meio disto algumas pressões de bastidores.

A oportunidade para nós é única e creio que não suscitará argumentos contrários às entidades portuguesas que se batem pela tese genovesa, se se vier a propor a essa equipa de cientistas que se desloque a Portugal a fim de realizar testes semelhantes ao infante D. Fernando, tido como pai de Colom, na tese portuguesa e que se encontra sepultado em Beja, bem como a outros familiares identificados de Colom e cujos corpos possam ser analisados.

Poderá, eventualmente, o governo português entender que tal evento a ser proposto possa ter consequências políticas menos agradáveis. A isso teremos que responder que o acto é em si patriótico; que a procura da verdade é uma acção respeitável; que com isso não estamos a agravar ninguém e que defender o que é nosso é não só um Direito mas também um Dever.

Portugal para ser respeitado tem de se dar ao respeito. Já chega que os italianos nos “roubem” constantemente o Santo António e escusávamos de andar tão dobrados que deixamos chamar aos encontros semestrais entre os chefes de governo de Lisboa e Madrid “cimeiras ibéricas” em vez do correcto Luso-Espanholas.

Sem embargo há que persistir na esperança de que melhores dias virão. Esse é um dos objectivos deste escrito.


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O brazão de armas de Colombo



Ver artigo original em:
Revista Militar Nº 2449/2450 - Fevereiro/Março de 2006
www.revistamilitar.pt/artigo/61


Ver mais artigos em Revista Militar:
CRISTÓVÃO COLON ERA PORTUGUÊS
Revista Militar Nº 2506 - Novembro de 2010
www.revistamilitar.pt/artigo/613







English translation
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HISTORY

The Cristóvam Colom Question and its relevance for Portugal



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Lieutenant Colonel Pilot Aviator, João José Brandão Ferreira

The Cristóvam Colom Question and its relevance for Portugal

“It is very dangerous to be right on matters about which the established authorities are completely wrong.”
Voltaire


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CRISTOVÃO COLOM

The History of Portugal registers in its midst a considerable number of mysteries or questions that until today have not been completely clarified.
In this case, among many:

  • The question about the “miracle” of Ourique;
  • What happened in Lamego's first courts;
  • The Westward navigations from the Azores;
  • What happened to Infante D. Henrique's estate;
  • The meaning of the Polyptych of S. Vicente de Fora;
  • What happened in terms of navigation between Bartolomeu Dias' voyage and the preparation of Vasco da Gama's fleet;
  • The removal of Pedro Álvares Cabral from any public life after the trip in which he officially discovered Brazil;
  • The reform of the Military Orders at the time of D. João III;
  • The disappearance of D. Sebastião in Alcácer Quibir;
  • The Távoras Process;
  • The expulsion of the Jesuits;
  • The why for the construction of the Mafra convent;
  • The death of D. João VI;
  • The assassination of King D. Carlos I;
  • The disappearance of the Portuguese crown jewels;
  • And, more recently, the death of General Humberto Delgado and the Angoche case.

With so many and alluring challenges, it is amazing to see how little curiosity of the Portuguese in general has been to delve into these matters, which is only paralleled by the contempt shown to them by public authorities and the scientific community.

And it is already becoming commonplace to say that, in contrast to all this, rivers of ink, image and sound flow, about a “flirt” that any minor character had, just because one day the chance of fate brought him to the spotlight.

Now, the life and deeds of this remarkable character known as Cristóvam Colom, are, without a shadow of a doubt, part of the great mysteries of the History of Portugal.

On the other hand, there is, in general, in the scientific and academic community a great conservatism in relation to the “official truth” and to what has been established for a long time, while there is, at the same time, great resistance in the face of ideas conveyed by individuals who do not have a degree in the area about which they investigate or write. A corporate attitude - let's say in the worst sense of the term - which the military is often unfairly accused of and which has much more expression in civilian professional areas.

Investigations into the true story of Cristóvão Colom are fully part of this scope.





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HISTÓRIA

Cristóvão Colombo = 100% português

colon xpoferens

João Couto
2006-05-17

Passou ontem no canal 2 um documentário sobre a hipótese de Cristóvão Colombo ser de origem catalã da zona de Barcelona. Esta teoria assenta na probabilidade de Colombo (Colon) ser de ascendência nobre dado o nível dos seus conhecimentos, escrita, etc. o que vai contra a história de ser genovês de berço relativamente humilde... Colombo supostamente teria a esconder dos Reis Católicos o acto de ter estado envolvido em lutas contra os monarcas castelhanos e ainda supostamente o facto não menos considerável de ter sangue judeu (na época os judeus estavam a ser mortos e queimados massivamente)...

Achei interessante e fui consultar na internet sobre esta hipótese e eis que deparo com “O ESCÂNDALO”...


Cristofõn Colon = Salvador Fernandes Zarco = 100% português


Factos relevantes:
- Á 1ª terra que pisou nas supostas índias deu o seu próprio nome = (S.) Salvador
- Logo de seguida á 2ª deu o nome da sua terra natal no Alentejo = Cuba
- Todos os nomes com que baptizou as suas descobertas são portugueses (ex. Brasil, Santarém, Curacao, Faro, Belém, Touro, Ponta, Porto...)
- Zarco não foi navegador por acaso nem o foi só após os seus 20 anos de idade, foi navegador desde tenra idade e aprendeu tudo sobre a ciência de navegar, ventos marítimos, etc na escola de Sagres. Seu avó João Gonsalves Zarco foi quem descobriu as ilhas da Madeira. Só portugueses podiam navegar em navios portugueses. Por decreto do rei seria lançado ao mar quem não fosse português.
- Também não foi por acaso que o seu casamento esteja ligado com a ilha de Porto Santo na Madeira.
- Zarco casou com a filha de um nobre português da Ilha de Porto Santo. Só um nobre poderia ter casado com a filha de um nobre.
- Em nenhum documento conhecido assinado por Cristóvão Colombo ele assina como tal mas sim através de siglas que levam ao seu nome de origem.
- O nome Cristofõn Colon não é o seu verdadeiro nome e só aparece em 1484 quando (S.F.Zarco) sai de Portugal para Castela.

Font: www.dightonrock.com



Muitos mais factos realmente fantásticos e uma história de vida digna de uma grande mente nos links abaixo:






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HISTORY

Christopher Columbus = 100% Portuguese

colon xpoferens

João Couto
2006-05-17

Yesterday, a documentary was shown on channel RTP2 on the hypothesis that Christopher Columbus was of Catalan origin from the Barcelona area... This theory relies on the probability that Columbus (Colon) was of noble descent given the level of his knowledge, writing, etc. which goes against the history of being a Genoese from a relatively humble birth... Columbus supposedly had to hide from the Catholic Monarchs the act of having been involved in struggles against the Castilian monarchs and also supposedly the no less considerable fact of having Jewish blood (at the time Jews were being killed and burned massively)...

I found it interesting and went to consult on the internet about this hypothesis and behold I come across “THE SCANDAL”...


Cristofõn Colon = Salvador Fernandes Zarco = 100% Portuguese


Relevant facts:
- The 1st land that set foot in the supposed Indies gave its own name = (S.) Salvador
- Soon after the 2nd land he named his homeland in Alentejo = Cuba
- All the names with which he baptized his discoveries are Portuguese (eg Brazil, Santarém, Curacao, Faro, Belém, Touro, Ponta, Porto...)
- Zarco was not a navigator by chance, nor was he only navigator after he was 20 years old, he was a navigator from an early age and learned everything about the science of navigation, maritime winds, etc. at the school in Sagres. His grandfather João Gonsalves Zarco was the one who discovered the islands of Madeira. Only Portuguese could sail on Portuguese ships. By decree of the king, anyone who was not Portuguese would be thrown overboard.
- It was also not by chance that his marriage is linked to the island of Porto Santo in Madeira.
- Zarco married the daughter of a Portuguese nobleman from the island of Porto Santo. Only a noble could have married a nobleman's daughter.
- In no known document signed by Christopher Columbus he signs as such, but through acronyms that lead to his original name.
- The name Cristofõn Colon is not his real name and only appears in 1484 when (S.F.Zarco) leaves Portugal for Castile.

Font: www.dightonrock.com


Many more really fantastic facts and a life story worthy of a great mind in the links below:





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Livros / bla, bla, bla ...

Books bla bla bla

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HISTÓRIA

Atlântida, uma lenda?

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Dado que, a fonte sobre a existência de uma tal de Atlântida nos chega através de Platão e sendo que este apenas relatou o que lhe contaram através dos egípcios, já dá para ver que temos muito pouco e, ainda por cima, espaçado de milhares de anos entre civilizações...

Desde a eventual existência de uma civilização de atlantes até à actualidade , ficam pelo meio os egípcios, depois os gregos e destes até à actualidade também passou muito, muito ano... Coincidindo mais ou menos com os helenos temos ainda, entre outros, os fenício/cartagineses, os romanos e até os hebreus, povos que deixaram também muita coisa por escrito para as gerações futuras e nada ou pouco acrescentaram ao assunto... smiley

Ainda assim, temos várias incógnitas para além da questão principal que é, se existiu mesmo uma Atlântida... A próxima pergunta seria, onde? Também se perguntaria em que época existiu e como chegou o seu fim? Terá desaparecido no meio de uma catástrofe? Muitas incógnitas mais se poderiam colocar, ou seja, não se sabe nada de nada a não ser que existem relatos através dos egípcios...

Todos ouvimos já alguém dizer que não há fumo sem fogo, mas neste caso não poderemos levar isso à letra e quando muito poderemos mais uma vez falar apenas de probabilidades... Contudo, mesmo com a insuficiência dos dados conhecidos à data de hoje, dados muito ténues resultado de estudos e trabalho sobretudo de entusiastas que acreditam na existência dessa grande civilização antiga, a verdade é que a "lenda" está a crescer e não faltam para aí teorias, o que leva a cada vez mais entusiastas entrarem na onda da Atlântida...

Uma coisa para mim é clara, a ter realmente existido uma Atlântida eu a procuraria para além das Colunas de Hércules, evidentemente desde o ponto de vista de Platão e onde se pode realmente encontrar na actualidade a única referência, mais concretamente, o Atlântico pois claro...

E talvez nem seja preciso ir muito para além das Colunas...

João Couto
2013-09-15







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HISTORY

Atlantis, a legend?

atlantis-mar

Given that, the source about the existence of such an Atlantis comes to us through Plato and since he only related what he was told through the Egyptians, you can already see that we have very little and, on top of that, spaced thousands of years between civilizations...

From the possible existence of an Atlantean civilization to the present day, we have the Egyptians in our midst, then the greeks and since then, many, many years have passed... Coinciding more or less with the Hellenes, we also have, among others, the Phoenicians/Carthaginians, the Romans and even the Hebrews, peoples who also left a lot in writing for future generations and added nothing or little to the subject... smiley

Still, we have several unknowns beyond the main question which is, if there really was an Atlantis... The next question would be, where? Would you also ask yourself in what era did it exist and how did its end come? Has it disappeared in the midst of a catastrophe? Many more unknowns could be raised, that is, nothing is known about this except that there are reports through the Egyptians...

We've all heard someone say that there's no smoke without fire, but in this case we can't take it literally and at the most we can once again just talk about probabilities... However, even with the insufficiency of data known to date, very tenuous data resulting from studies and work of enthusiasts who believe in the existence of this great ancient civilization, the truth is that the "legend" is growing and for around there is no shortage of theories, which leads to more and more enthusiasts getting on the Atlantis wave...

One thing is clear to me, if there really was an Atlantis I would look for it beyond the Pillars of Hercules, evidently from Plato's point of view and where the only reference can really be found today, more specifically, the Atlantic of course ...

And maybe you don't even have to go far beyond the Columns...

João Couto
2013-09-15





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